Disfunção erétil pode ser sinal de alerta para doenças cardíacas Divulgação

Durante o Novembro Azul, cardiologista Dr. Raphael Boesche Guimarães reforça que a impotência pode anteceder um infarto e destaca a importância da prevenção e dos exames regulares

Durante o Novembro Azul, mês dedicado à conscientização sobre a saúde do homem, um tema que merece atenção vai muito além do câncer de próstata: a disfunção erétil. Muitas vezes tratada apenas como uma questão sexual, ela pode ser, na verdade, um importante sinal de alerta para doenças cardiovasculares. Segundo o cardiologista Dr. Raphael Boesche Guimarães, a dificuldade de obter ou manter uma ereção pode indicar problemas na circulação sanguínea e, em alguns casos, anteceder até um infarto.

“Os mesmos vasos que levam sangue ao coração também irrigam o pênis. Quando há acúmulo de gordura ou obstrução nas artérias, o fluxo sanguíneo é prejudicado em todo o corpo. A disfunção erétil pode ser o primeiro sinal dessa alteração”, explica o médico.

Por que a impotência pode anteceder um infarto

A relação entre disfunção erétil e problemas cardíacos se deve, principalmente, à aterosclerose, o endurecimento e estreitamento das artérias. “As artérias penianas são muito menores do que as coronárias, então elas costumam ser as primeiras a sofrer as consequências da má circulação. Em muitos casos, o homem percebe dificuldades na ereção de três a cinco anos antes de apresentar sintomas de doença cardíaca”, alerta o Dr. Guimarães.

Ele ressalta que os homens com fatores de risco — como diabetes, hipertensão, colesterol alto, tabagismo e sedentarismo — devem levar esse sintoma a sério.

“A disfunção erétil pode ser um aviso precoce do corpo de que há algo errado com o sistema cardiovascular. Ignorar esse sinal é um erro que pode custar caro”, reforça o cardiologista.

Exames e estilo de vida: prevenção em primeiro lugar

Para identificar a origem da disfunção erétil e prevenir complicações cardiovasculares, o especialista recomenda uma avaliação médica completa. Ela deve incluir exames de sangue, ultrassonografia vascular, eletrocardiograma e dosagem hormonal.

“Além dos exames, mudanças no estilo de vida são essenciais: alimentação equilibrada, prática regular de atividade física, sono adequado e abandono do cigarro e do excesso de álcool. Essas atitudes simples reduzem o risco tanto de impotência quanto de infarto”, orienta o Dr. Guimarães.

Novembro Azul: um lembrete de autocuidado

Durante o Novembro Azul, o cardiologista reforça que o cuidado com o coração e a saúde sexual deve ser contínuo, e não restrito ao mês da campanha. “A disfunção erétil não deve ser tratada como tabu. Buscar ajuda cedo permite não só tratar a função sexual. Mas também, prevenir doenças cardíacas graves e melhorar a qualidade de vida”, conclui o Dr. Raphael Boesche Guimarães.