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Quando Simone Mendes contou, às gargalhadas, que vive muito bem dispensando a calcinha, a internet fez exatamente o que sabe fazer: viralizou
Entre piadas, memes e identificações espontâneas, a fala da cantora abriu espaço para uma dúvida comum, mas pouco assumida em voz alta. Será que adotar a vida sem lingerie é saudável para a região íntima?
Para esclarecer o assunto, ouvimos o ginecologista e obstetra Dr. Cesar Patez, do Espírito Santo, que lembra que a resposta não é tão simples. Segundo o médico, tudo depende do corpo, do clima, da rotina e, principalmente, do tipo de roupa que a mulher usa.
Quando deixar a calcinha de lado pode ser bom
De acordo com o Dr. Cesar, existem momentos em que a ausência da peça favorece a saúde íntima. “A ventilação adequada diminui a umidade e reduz a proliferação de fungos e bactérias”, explica. Em noites muito quentes, após atividades físicas ou até durante o sono, permitir que a região respire ajuda a evitar irritações e sensação de abafamento — especialmente para quem sofre com tecidos sintéticos ou peças muito justas.
Ele lembra que roupas apertadas criam um ambiente quente e úmido, cenário perfeito para episódios de candidíase. Nessas horas, abrir mão da calcinha pode ser um alívio real para a pele.
Nem sempre é a melhor escolha
Por outro lado, abandonar a lingerie em definitivo também tem desvantagens. “A calcinha protege a vulva do atrito com jeans, costuras e tecidos mais ásperos. Sem essa barreira, aumentam as chances de irritação e microlesões”, destaca o ginecologista.
Mulheres com tendência a alergias, dermatites ou infecções íntimas devem observar como o corpo reage. Qualquer sinal de ardência, coceira ou secreção fora do habitual indica que talvez seja melhor limitar o hábito a momentos específicos.
Celebridades e a “liberdade íntima”
Simone não está sozinha nessa. Outras famosas já comentaram publicamente sobre o conforto de ficar sem calcinha, e o tema virou assunto recorrente nas redes. Para muitas mulheres, a escolha está ligada ao bem-estar, à autonomia sobre o próprio corpo e à busca por mais leveza no dia a dia.
Afinal, usar ou não usar?
A orientação do Dr. Cesar Patez é simples: observe seu corpo. “Ficar sem calcinha não é, por si só, prejudicial. É seguro quando há higiene adequada, roupas apropriadas e atenção aos sinais da pele”, afirma.
A recomendação geral é alternar. Permitir que a região respire em momentos de descanso ou durante a noite e, no dia a dia, apostar em peças leves e de algodão, que favorecem a ventilação natural.
No fim das contas, saúde íntima é equilíbrio — e muito autoconhecimento. Como mostrou Simone, cada mulher sabe exatamente onde — e quando — a calcinha aperta.