Thainá Gallo será Elis Regina no teatro Créditos: Gabriel Cupaiolo

Atriz, que já brilhou em outros musicais, interpreta a grande cantora brasileira na peça Tom Jobim Musical

Thainá Gallo, natural de Porto Alegre, é atriz, cantora e dubladora. Na TV, participou de novelas como Pantanal, A Força do Querer, Segundo Sol e Rock Story, além das séries Sob Pressão e QueimaMufa. Recentemente, atuou em Betinho – No Fio da Navalha, Matches, a série argentina El Encargado, no Star+), e no filme Cansei de Ser Nerd, no Paramount.
No teatro, estrelou musicais como Cássia Eller, O Musical e O Frenético Dancin Days.  E depois de tantos trabalhos importantes, ela se dedica à mais uma peça, para viver a eterna e brilhante Elis Regina, no Tom Jobim Musical, um papel desafiador que explora o lado maduro e contido da cantora, o que, segundo a própria Thainá, exige precisão e “economia” na interpretação. Confira nossa entrevista exclusiva! 

Você tem experiência em musicais como Cássia Eller, O Musical, e agora está se preparando para interpretar Elis Regina. Como você se sente ao encarar esse novo desafio?

“Sinto-me extremamente honrada com essa oportunidade, é um presente emocionante e desafiador. Elis não é apenas uma cantora, ela é um símbolo da música brasileira e da resistência cultural. Sua vida e sua obra têm um impacto profundo na história do nosso país e na vida das pessoas, é uma responsabilidade que eu tô abraçando com muito respeito e amor.”

Elis Regina é uma das figuras mais icônicas da música brasileira. Como está sendo o processo de estudar e entender sua personalidade para o musical?

“Tentar me aproximar da sua voz, da sua essência e autenticidade é um processo enriquecedor! Revisitei todos os seus álbuns e assisti muitas entrevistas suas ao longo da vida com o objetivo de internalizá-la. Elis era uma artista que se posicionava, suas opiniões políticas e suas relações pessoais influenciaram diretamente sua arte. Em Tom Jobim Musical, eu interpreto Elis sob a perspectiva do Tom, o que deixou a jogada superinteressante e diferente do que já foi retratado em outras produções.”

E como é retratar essa fase mais contida de uma artista tão conhecida por sua intensidade?

“É um grande desafio porque estamos mais acostumados com a imagem da Elis furacão, a ‘Hélice Regina’ que girava os braços em suas performances. Para retratá-la nessa fase, eu fiquei muito focada na expressividade dos seus gestos, olhares e nuances vocais, especialmente durante a gravação do álbum, enfim. Tinha uma química muito forte rolando entre ela e o Tom, era uma atmosfera de respeito, admiração e muita intimidade, fiquei focada nisso para construí-la. Sinto que ela se sentiu desafiada também, assim como precisou reduzir potências para se adequar ao Tom, a Bossa Nova. É um momento minimalista mas extremamente intenso e emocionante que acabou virando referência na história da música brasileira.”

Quais são os próximos projetos após o Tom Jobim Musical? Tem algo em desenvolvimento que você pode compartilhar com a gente?

“Antes de ser aprovada para o musical eu estava estudando roteiro, totalmente imersa e apaixonada por esse universo. Comecei o curso para compreender mais sobre a criação de personagens porque contribuiria para o meu trabalho de atriz e terminei cheia de ideias para o nascimento do meu primeiro curta-metragem. Certamente, assim que o musical acabar, esse será meu foco. Este ano também foi ao ar minha primeira participação em uma série internacional, a série argentina El Encargado que está disponível na Star+. Em conclusão, desde 2022 venho planejando a carreira internacional e estudando as produções hispânicas, e sem dúvidas, é algo que vou seguir desenvolvendo.”