O Vaticano recebe cardeais do mundo inteiro; votação acontece na Capela Sistina (Foto: Pixabay)
Começa amanhã, no Vaticano, a reunião dos cardeais que escolherão o novo papa; fumaça branca indica conclusão da eleição
A partir de amanhã (7), 133 cardeais do mundo inteiro estarão reunidos no Vaticano para escolher o novo papa. A expectativa é que o processo dure entre dois e três dias. Isso porque, serão necessários 89 votos para eleger o novo sumo pontífice. Esse número corresponde a dois terços de 133 – o mínimo para um cardeal ser eleito papa.
Tudo isso acontece no evento conhecido como conclave. Esse termo vem da expressão latina “cum claves”, que significa “com chave” ou “fechado com chave”. O termo indica a prática de confinar os cardeais no Vaticano para que a eleição do novo papa não receba interferências externas.
O papel dos escrutinadores
Segundo o Vaticano News, o portal de notícias da Santa Sé, os cardeais usam cédulas de papel para escolher o novo papa. Antes da votação, um dos cardeais sorteia, entre seus pares, três escrutinadores (responsáveis pela apuração de votos), três revisores e três encarregados de coletar os votos dos cardeais que estiverem, por ventura, enfermos e isolados em seus dormitórios.
Quando o processo termina, os escrutinadores contam as células e conferem se o número corresponde ao total de votantes. Quando não corresponde, todas as cédulas são queimadas e uma segunda votação é realizada. Porém, quando há correspondência, os escrutinadores abrem as cédulas e fazem a leitura em voz alta dos votos, que são anônimos. Desse modo, os cardeais votantes podem registrar esses votos para acompanhar a evolução da eleição. Da mesma forma, os escrutinadores anotam tudo numa folha separada.
Após essa etapa, os três revisores verificam as cédulas e as anotações dos escrutinadores para garantir a exatidão do trabalho. Em seguida, antes que os cardeais deixem a Capela Sistina (local no Vaticano reservado à votação), todas as células são queimadas.
Fumaça branca
Várias votações podem acontecer no conclave até que um nome represente dois terços do total de votantes. Em geral, são duas eleições pela manhã e duas à tarde. Se, em três dias, não se chegar a um nome, os cardeais fazem uma pausa para reflexões e orações.
Como nem jornalistas nem católicos podem acompanhar a votação no local, a comunicação se dá por meio da fumaça que sai de um dos telhados do Vaticano. Se for preta, é porque o nome do papa ainda não foi escolhido (para que a fumaça apresente essa tonalidade, adiciona-se um produto químico às células queimadas). Se for branca, é porque o novo papa foi eleito.
No conclave que começa amanhã, a fumaça branca sinalizará o nome do religioso que cumprirá o 267º pontificado da Igreja Católica. Esse novo papa vai suceder o papa Francisco, que esteve na liderança da Igreja por 12 anos (2013-2025).
