
Especialista aponta como manter a conexão emocional mesmo quando o casal escolhe (ou precisa) passar as férias longe um do outro
Julho é o mês tradicional das férias e, para muitos casais, isso significa tempo de descanso e viagens a dois. No entanto, nem sempre os planos se alinham. Seja por compromissos de trabalho, viagens com a família ou até preferências pessoais, é comum que casais escolham (ou sejam levados) a destinos diferentes. Nessas horas, o distanciamento físico pode trazer à tona inseguranças emocionais que, se não bem cuidadas, abalam a relação.
Ficar longe de quem se ama nem sempre é fácil, especialmente quando se vê o outro aproveitando e se divertindo sem a sua presença. A curiosidade vira ansiedade: o que ele está fazendo? Será que está pensando em mim? Está se divertindo mais do que estaria se eu estivesse lá? Esse tipo de comparação interna pode gerar desconforto, ciúmes e até discussões, mesmo quando não há nenhum motivo concreto para isso.
Afastamento pode ser benéfico
Henri Fesa, Médium especialista em relações amorosas, explica que o afastamento temporário pode ser uma oportunidade de fortalecer o vínculo, desde que exista maturidade emocional e confiança mútua. “A saudade pode ser um ingrediente poderoso para a conexão, mas é importante que cada um saiba reconhecer os próprios gatilhos emocionais e não projete suas inseguranças no parceiro. A base de uma relação saudável está no respeito ao espaço individual e na comunicação clara”, afirma.
Para lidar melhor com essa distância momentânea, é essencial que o casal alinhe expectativas antes da viagem. Falar abertamente sobre como gostariam de manter contato, seja por mensagens, ligações ou chamadas de vídeo, evita mal-entendidos e ajuda a manter a proximidade emocional. Além disso, é importante não transformar o tempo livre do outro em um objeto de controle. Fiscalizar excessivamente o que o parceiro está fazendo pode gerar desgaste e minar a confiança.
A base é a confiança
Também é válido lembrar que tirar um tempo separado não significa desinteresse ou afastamento emocional. Pelo contrário: cada um poder viver experiências individuais e depois compartilhá-las enriquece a relação. A liberdade de aproveitar a viagem com leveza e responsabilidade reforça a autonomia do casal e prova que o amor não precisa ser vigiado para ser verdadeiro.
“Quando o reencontro acontece, ele pode ser ainda mais especial. Compartilhar histórias, trocar aprendizados e sentir a saudade se transformar em presença são formas de renovar a conexão. Amar também é permitir que o outro viva, explore e cresça, mesmo quando não estamos por perto. Confiar nisso é um sinal de maturidade e segurança na relação”, conclui.