
Especialista Fernanda Paiva dá dicas práticas para conciliar trabalho, filhos e vida pessoal
Conciliar maternidade, carreira e vida pessoal é um desafio real para muitas brasileiras, e os números comprovam a sobrecarga. No último trimestre de 2023, 65,2% das mães estavam no mercado de trabalho, contra 73,2% das mulheres sem filhos, segundo dados do IBGE. Esse contexto de dupla jornada contribui para que muitas mães enfrentem altos níveis de estresse: de acordo com uma pesquisa realizada pela B2Mamy em parceria com a Kiddle Pass, publicada em 2024, 9 em cada 10 mães sofrem de burnout parental em graus moderados ou graves.
Cuidar das mães é essencial
Esses dados reforçam a urgência de estratégias mais realistas e humanas. Para a consultora e fundadora do Instituto Diálogos, Fernanda Paiva, a resposta passa por desconstruir a pressão da perfeição e adotar práticas de bem-estar. “Mães perfeitas não são reais. O que vemos nas redes sociais são apenas recortes da realidade. Minha mãe era vista como grandiosa, mas, na verdade, era uma mulher cansada, sem rede de apoio”, afirma.
Esses dados reforçam a urgência de estratégias mais realistas e humanas. Para a consultora e fundadora do Instituto Diálogos, Fernanda Paiva, a resposta passa por desconstruir a pressão da perfeição e adotar práticas de bem-estar. “Mães perfeitas não são reais. O que vemos nas redes sociais são apenas recortes da realidade. Minha mãe era vista como grandiosa, mas, na verdade, era uma mulher cansada, sem rede de apoio”, afirma.
Maternidade é projeto
O resgate da identidade da mulher para além da maternidade é outro ponto fundamental, permitindo fazer escolhas coerentes sem se sentir ferida. “É fundamental que cada mulher possa se reconhecer também em outras dimensões, além da maternidade, para sustentar escolhas com mais autonomia e clareza. Além disso, aprender a dizer não é essencial para manter o equilíbrio, pois quando você diz ‘sim’ para todo mundo, acaba dizendo ‘não’ para si mesma.”, destaca Paiva.
Fernanda também reforça que é preciso planejar a maternidade como um projeto de vida, fortalecendo as redes de apoio para a quebra de tabus como o baby blues e a depressão pós-parto, e cultivar um parceiro que compartilhe responsabilidades do dia a dia. “É importante que o parceiro assuma de fato responsabilidades cotidianas, e não apenas os momentos prazerosos da convivência.”
Para a especialista, adotar essas práticas é essencial para que as mães consigam conciliar carreira e maternidade com mais consciência, equilíbrio possível e menos peso.