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Campanha alerta para os riscos da falta de oxigênio no nascimento e destaca o papel do pré-natal e da assistência adequada na prevenção
A asfixia perinatal afeta milhares de recém-nascidos no Brasil e no mundo todos os anos, ao reduzir ou interromper o fornecimento de oxigênio para o bebê antes, durante ou logo após o parto. A falta de oxigenação pode causar sérias consequências, que vão desde dificuldades respiratórias transitórias até sequelas neurológicas permanentes.
No Setembro Verde Esperança, mês de conscientização sobre o tema, o objetivo é ampliar a informação e reforçar a importância da prevenção. Para a pediatra Dra. Renata Castro, a chave está em garantir acompanhamento de qualidade durante toda a gestação. “A asfixia perinatal é muitas vezes resultado de complicações que poderiam ser antecipadas ou minimizadas com um pré-natal bem conduzido e um parto assistido por equipes preparadas”, explica.
Fatores de risco
Entre os principais fatores de risco estão condições maternas como hipertensão, diabetes, infecções e partos prolongados. Situações emergenciais, como o descolamento da placenta ou problemas com o cordão umbilical, também estão entre as causas mais frequentes.
Impactos para o bebê
As consequências da asfixia podem variar bastante. Em casos mais leves, o bebê pode apresentar apenas dificuldades momentâneas para iniciar a respiração. Em quadros mais graves, pode haver lesões cerebrais que comprometem o desenvolvimento motor e cognitivo. “O impacto depende do tempo de privação de oxigênio e da rapidez da intervenção médica. Por isso, a reanimação neonatal imediata é determinante para o prognóstico”, ressalta a especialista.
Protocolos de atendimento
Atualmente, protocolos como a hipotermia terapêutica — em que o bebê é submetido a um resfriamento controlado — têm se mostrado eficazes para reduzir danos neurológicos quando aplicados precocemente. Além disso, a capacitação das equipes médicas em procedimentos de reanimação é uma das medidas mais importantes para salvar vidas.
A mensagem do Setembro Verde
Para a Dra. Renata, a campanha é um lembrete de que informação e preparo salvam vidas. “Quando pais e profissionais conhecem os riscos e estão atentos aos sinais de alerta, conseguimos agir de forma mais rápida e eficaz. O Setembro Verde traz a esperança de que, com mais conscientização, podemos reduzir a mortalidade neonatal e oferecer um futuro mais saudável para muitas crianças”, afirma.
O Setembro Verde Esperança promove o cuidado, o conhecimento e a prevenção em cada nascimento. Afinal, garantir um início de vida seguro é também investir em um futuro com mais saúde e qualidade de vida.
