
Setembro é o mês de conscientização a doença autoimune
Setembro é o mês de conscientização sobre a alopecia areata, uma doença autoimune que afeta cerca de 2% da população mundial, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia. Caracteriza-se pela queda de cabelo em áreas localizadas, formando falhas arredondadas, e pode ter relação com fatores genéticos e estresse. Embora a causa exata seja desconhecida, especialistas apontam que a condição pode ser desencadeada por fatores como estresse psicológico, predisposição genética e alterações hormonais.
As famosas que têm alopecia areata
Celebridades como Viola Davis, Naomi Campbell e Jada Pinkett Smith têm usado suas plataformas para compartilhar suas experiências com a alopecia, ajudando a desestigmatizar a condição. Viola Davis revelou sua luta contra a alopecia areata em 2014, quando começou a perder cabelo em áreas específicas do couro cabeludo. Ela compartilhou sua experiência em uma entrevista, dizendo que foi um momento assustador e que teve que aprender a lidar com a perda de cabelo. Desde então, ela tem sido uma defensora aberta da conscientização sobre a alopecia e do empoderamento feminino.
A supermodelo Naomi Campbell também enfrentou a alopecia, especialmente devido ao uso frequente de extensões de cabelo e penteados apertados, que causaram o que é conhecido como alopecia de tração. Ela compartilhou sua experiência com a condição, destacando a importância de cuidar da saúde capilar e de evitar práticas que possam danificar os fios. Campbell enfatizou a eficácia do uso de perucas e a importância de cuidados naturais para promover o crescimento saudável do cabelo.
Jada Pinkett Smith, esposa de Will Smith, revelou sua luta contra a alopecia areata em 2018, quando começou a perder cabelo em áreas específicas do couro cabeludo. Ela compartilhou sua experiência em um episódio de um programa de TV, dizendo que foi um momento assustador e que teve que aprender a lidar com a perda de cabelo. Desde então, ela tem sido uma defensora aberta da conscientização sobre a alopecia e do empoderamento feminino.
Entenda mais sobre a condição
Alexandra Lopes, médica especialista em medicina capilar, Onne Clinic (RJ), tira as dúvidas sobre a alopecia areata.
Quais são os principais fatores desencadeantes da alopecia areata e como eles podem ser identificados precocemente?
“A alopecia areata é uma doença autoimune. O sistema imunológico ataca o folículo piloso, interrompendo o crescimento do fio. Entre os gatilhos estão o estresse intenso, infecções, predisposição genética e alterações hormonais. Sinais de alerta: queda súbita em áreas arredondadas, afinamento rápido dos fios e unhas com pequenas depressões. Procurar um médico especialista logo nos primeiros sinais ajuda a confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento.”
Quais opções de tratamento estão disponíveis para pacientes com alopecia areata e como elas variam conforme a gravidade da condição?
“O tratamento varia de loções e pomadas com corticoides ou imunomoduladores, quando a área afetada é pequena, até medicações orais, injeções no couro cabeludo e terapias como fototerapia em casos mais extensos. Novos imunomoduladores orais (como inibidores de JAK) têm mostrado bons resultados em casos graves. A escolha depende da extensão da queda, idade e histórico de saúde.”
Como a conscientização pública e o apoio emocional podem influenciar positivamente o tratamento e a aceitação de pessoas que enfrentam a alopecia areata?
“Campanhas de conscientização reduzem o estigma e incentivam a busca por ajuda médica precoce. O apoio familiar, psicológico e a troca de experiências em grupos ou redes sociais ajudam no controle do estresse, que é um dos gatilhos da doença. Esse suporte melhora a adesão ao tratamento e a autoestima, impactando positivamente a evolução clínica.”