
Especialista explica a febre dos adesivos usados por famosos como item de beleza instantânea
João Guilherme chamou atenção nas redes sociais ao aparecer em público usando eyepatches dourados, aqueles adesivos em formato de gota aplicados na região das olheiras. A cena já foi vista antes com outras celebridades. Hailey Bieber, Sabrina Sato, Mariana Rios e Kim Kardashian são alguns dos nomes que popularizaram o acessório como símbolo de autocuidado e glamour. Mas será que esses adesivos realmente cumprem o que prometem?
Para Thaís Moura, especialista em harmonização facial, o efeito é mais sobre imagem do que sobre benefícios clínicos reais. “A verdade é que os famosos eyepatches são mais sobre hidratação e estética temporária do que qualquer efeito clínico comprovado”, afirma.
Como o Eyepatch funciona
Produzidos com hidrogel, os adesivos prometem resultados diversos, como combater olheiras, reduzir bolsas, estimular colágeno e suavizar linhas finas. Na prática, porém, a entrega costuma ser modesta. “Talvez eu seja um pouco cética, mas acredito que não entregam o que prometem. São adesivos refrescantes, quase sempre dourados ou cintilantes, que dão aquela aparência glamourosa, mas o efeito é momentâneo, não transformador”, pontua a especialista.
Apesar do apelo visual, os eyepatches têm utilidade. Eles ajudam a hidratar e dar viço à pele, graças a ingredientes como ácido hialurônico e cafeína, que promovem um leve desinchaço. Esse efeito é ainda mais perceptível quando os produtos são armazenados na geladeira.
Uso requer precauções
Thaís alerta, no entanto, que o uso requer cuidados. “A maioria dos adesivos é bem tolerada por todos os tipos de pele, mas quem tem pele sensível precisa de atenção extra. A recomendação é sempre optar por fórmulas hipoalergênicas, sem fragrância e testadas dermatologicamente”, orienta.
É importante também observar os ingredientes. “É bom evitar fórmulas muito oclusivas ou com excesso de óleos, que podem obstruir os poros ou piorar quadros de acne”, explica.
Em relação à frequência de uso, a especialista sugere moderação. Duas a três vezes por semana são suficientes para sentir os efeitos pontuais. O uso excessivo pode causar irritação, especialmente se o produto tiver cafeína ou ácidos na fórmula.
No fim das contas, os adesivos funcionam como parte de um ritual de beleza e autocuidado, mas sem expectativas irreais. “É um produto que pode trazer benefícios pontuais, mas não deve ser visto como tratamento. Hidrata, refresca e embeleza temporariamente, só isso”, conclui Thaís Moura.