O melasma pode piorar no inverno? O melasma também merece cuidados na estação fria. E a dieta pode ser uma grande aliada — ou inimiga silenciosa

Alimentação pode diminuir o problema, mas certos alimentos da estação podem piorar as manchas

Durante o inverno, muitas pessoas recorrem a tratamentos dermatológicos para controlar o melasma — condição caracterizada por manchas escuras, principalmente no rosto. Mas o que pouca gente sabe é que alguns alimentos típicos da estação fria podem agravar o quadro, enquanto outros podem ajudar a amenizar as marcas.

Celebridades com melasma

Famosas como Cláudia Raia, Kelly Key e Preta Gil já revelaram publicamente a luta contra o melasma. Embora fatores hormonais, exposição solar e predisposição genética estejam entre as principais causas, a alimentação também exerce influência significativa.

“Alguns alimentos aumentam a produção de radicais livres e favorecem processos inflamatórios que podem intensificar o melasma, mesmo no inverno, quando o sol parece mais ameno”, alerta a nutricionista Vanessa Costa.

Alimentos que pioram o melasma no inverno

Segundo a especialista, o consumo excessivo de bebidas quentes com açúcar refinado, como chocolate quente, cafés adoçados e sobremesas calóricas típicas da estação — rabanadas, fondues, bolos — pode ser um fator de risco.

“O açúcar estimula picos de insulina e processos inflamatórios crônicos. Isso pode aumentar a hiperpigmentação em quem já tem tendência ao melasma”, explica Vanessa.

A nutróloga Bruna Manes complementa que o álcool também é um vilão silencioso. “O vinho tinto, que costuma ser mais consumido no inverno, pode contribuir para alterações vasculares e inflamatórias que favorecem o escurecimento das manchas.”

Além disso, alimentos ricos em gordura saturada, como queijos amarelos, embutidos e carnes processadas, também devem ser consumidos com moderação. “Eles comprometem o metabolismo da pele e dificultam a renovação celular”, afirma Bruna.

O que comer para ajudar a clarear as manchas

A boa notícia é que a alimentação também pode ser uma aliada no controle do melasma. Frutas ricas em vitamina C, como acerola, morango, laranja e kiwi, ajudam a combater os radicais livres e têm efeito clareador indireto. “Alimentos antioxidantes são fundamentais. Vegetais verde-escuros, cúrcuma, azeite de oliva e sementes como linhaça e chia devem estar presentes na dieta”, recomenda Vanessa Costa.

Outro destaque vai para o selênio e o zinco, minerais presentes em oleaginosas e frutos do mar, que auxiliam na regeneração da pele e na modulação da inflamação. “Esses nutrientes ajudam a fortalecer a barreira cutânea e a reduzir a resposta inflamatória que contribui para o surgimento das manchas”, pontua Bruna Manes.

Alimentação não substitui o tratamento

Ambas as especialistas concordam que, embora a alimentação tenha um papel importante, ela não substitui o acompanhamento dermatológico. “O melasma é uma condição multifatorial. A alimentação correta atua como um suporte valioso, mas deve ser combinada com proteção solar diária e, se necessário, tratamentos tópicos ou a laser indicados por um dermatologista”, conclui Vanessa Costa.

O que evitar e o que priorizar no inverno

Evite em excesso:

  • Chocolate quente com açúcar refinado;
  • Bolos, tortas e doces calóricos;
  • Vinhos e bebidas alcoólicas;
  • Embutidos e queijos amarelos.

Inclua mais:

  • Frutas cítricas (acerola, laranja, kiwi);
  • Vegetais verde-escuros;
  • Alimentos com cúrcuma e azeite de oliva;
  • Sementes (linhaça, chia);
  • Castanhas, nozes e frutos do mar.

Fica o alerta: melasma também merece cuidados na estação fria. E a dieta pode ser uma grande aliada — ou inimiga silenciosa.