Amor e Dinheiro: dicas para organização das finanças do casal Freepik

Conversar sobre dinheiro é essencial para que a vida a dois seja leve — também no bolso

Falar sobre finanças ainda é um tabu para muitos casais, mas evitar esse tema pode desgastar a relação ao longo do tempo. Para Glaucia Soares, consultora financeira da Firece, o primeiro passo é abrir o jogo com sinceridade. “É essencial conversar sobre renda, dívidas, hábitos de consumo, objetivos e até medos financeiros. Sem julgamento. O foco deve ser construir confiança”, afirma.

A partir desse diálogo, o casal pode montar um orçamento conjunto das finanças. Isso inclui listar todas as fontes de renda e todas as despesas, fixas e variáveis. Segundo Glaucia, “o dinheiro precisa ser tratado como uma parceria, não uma disputa”. Outro ponto importante é definir metas em comum e manter um fundo de emergência, que evita descontrole em momentos de imprevisto.

Orçamento a quatro mãos

Não existe uma fórmula única para dividir os gastos. O ideal é escolher o que funciona melhor para a realidade do casal. “Dividir proporcionalmente à renda, onde quem ganha mais contribui com uma parte maior; dividir tudo 50/50; ou usar uma conta conjunta para despesas comuns, com cada um depositando um valor fixo todo mês”, explica Glaucia. O mais importante é que a escolha seja justa e acordada com transparência.

No dia a dia, planilhas compartilhadas funcionam bem para controlar os gastos. Quem prefere tecnologia pode usar aplicativos como Mobills, Minhas Economias, Organizze ou Guiabolso. Essas ferramentas ajudam o casal a acompanhar as finanças e caminhar junto rumo às metas.

Equilíbrio é tudo

Mas planejar o futuro não pode significar abrir mão do presente. “A vida não é só o futuro. É preciso garantir que o casal viva bem o agora também”, reforça Glaucia.

Antes de definir objetivos, o casal deve avaliar quanto ganha, quanto gasta, se há dívidas e se é possível economizar mensalmente. Com esse diagnóstico, fica mais fácil traçar metas realistas de curto, médio e longo prazo — sem sobrecarregar o orçamento nem gerar frustração.

Veja um exemplo de como um casal pode organizar uma economia mensal de R$ 1.000 de forma equilibrada: R$ 300 para uma viagem no fim do ano (curto prazo), R$ 400 para trocar de carro em dois anos (médio prazo) e R$ 300 pensando na aposentadoria (longo prazo).

“O equilíbrio entre presente e futuro é o que torna o planejamento viável e leve para os dois”, conclui Glaucia. Quando o casal compartilha decisões financeiras com clareza e respeito, o dinheiro deixa de ser um problema — e passa a ser parte da construção de uma vida juntos.