Indulto de Natal: critérios, avaliação psicológica e benefícios Freepik

A psicóloga jurídica explica como se aplica a medida legal e quem pode se beneficiar

O indulto de final de ano é uma medida prevista na legislação brasileira que concede perdão total ou parcial da pena a determinados presos. Seu objetivo é regulamentar situações de clemência dentro do sistema prisional. Permite a redução de pena e e estimula a ressocialização de indivíduos que atendam a critérios específicos. O advogado faz o pedido por meio de uma petição fundamentada e apresenta os elementos que demonstram o enquadramento do condenado nas condições previstas no decreto.

De acordo com a psicóloga jurídica e assistente técnica Patrícia Barazetti, “o indulto não é apenas um ato de clemência. É também uma ferramenta que avalia a capacidade do indivíduo de reintegração social, considerando seu comportamento durante a pena e sua saúde mental”.

Quem pode se beneficiar

O indulto contempla presos condenados por crimes menos graves, que apresentam bom comportamento e já cumpriram parte da pena. Pessoas em situações especiais, como idosos, gestantes ou portadores de doenças graves, também podem ter prioridade, conforme definido em decretos presidenciais ou estaduais.

Além do advogado, o indulto também pode ser provocado pelo próprio condenado, por iniciativa do Ministério Público, do Conselho Penitenciário ou da autoridade administrativa, nos termos do art. 188 da LEP (Lei n° 7.210/1984)

Para os detentos que possuem direito, o indulto estimula a disciplina e também a participação em programas internos de educação e trabalho. Assim, facilita a reintegração social de indivíduos aptos a retomar suas funções na comunidade.

Avaliação psicológica

A análise psicológica é fundamental para determinar a aptidão do preso ao benefício. Segundo Patrícia, “o psicólogo observa o histórico de comportamento, fatores emocionais, estratégias de enfrentamento e participação em atividades educacionais ou laborais, além de avaliar riscos de reincidência”.

O indulto de final de ano combina critérios objetivos e avaliação técnica e garante a concessão do benefício de forma segura e dentro das normas jurídicas.