5 curiosidades sobre os sonhos, de acordo com Freud Divulgação

Freud acreditava que sonhar revela desejos ocultos e protege nosso sono.

Desde a Antiguidade, os sonhos intrigam a humanidade. Seriam mensagens divinas, premonições ou apenas frutos da imaginação? Para Sigmund Freud, considerado o pai da psicanálise, os sonhos revelam muito mais do que parecem. Eles são portais de acesso ao inconsciente, e carregam desejos, medos e censuras que moldam a vida de forma imperceptível.

No livro Psicologia do Sonho, publicado pelo Grupo Editorial Edipro, Freud apresenta teorias que transformaram para sempre a forma de entender as ações e imagens que se manifestam durante o sono. Confira cinco interpretações segundo suas ideias, que ainda são utilizadas nos consultórios, nos estudos de psicologia e podem despertar a curiosidade de quem busca compreender a própria mente.

1. Realização de desejos

Para Freud, todo sonho é a realização de um desejo inconsciente. Isso inclui até mesmo pesadelos ou sonhos angustiantes, pois, segundo ele, fazem parte de sentimentos reprimidos que encontram o caminho para se expressar, ainda que de maneira distorcida ou simbólica. Em sua visão, se um desejo não pode se manifestar na realidade, ele surge nos sonhos como forma de aliviar tensões internas.

2. Censura onírica (distorção)

Freud dizia que existe uma censura interna que distorce o conteúdo real dos sonhos. Assim criando narrativas confusas ou simbólicas para proteger o sonhador de pensamentos inaceitáveis pela consciência. Esse mecanismo garante que o conteúdo do desejo inconsciente chegue ao sonho, mas de maneira disfarçada, para evitar choques ou perturbações no estado psíquico da pessoa.

3. Sonhos são guardiões do sono

Uma curiosidade marcante na teoria freudiana é que os sonhos atuam como guardiões do sono. Quando estímulos externos como um barulho, luz ou frio, ou internos, vontade de urinar, por exemplo, ameaçam acordar alguém, o sonho cria uma narrativa que integra esse estímulo, permitindo que a pessoa continue dormindo sem perceber a real fonte de desconforto. Assim, sonhar seria um mecanismo de defesa do descanso.

4. Conteúdo manifesto e conteúdo latente

Freud dividiu os sonhos em dois níveis: conteúdo manifesto, que é o que a pessoa lembra e consegue narrar ao acordar, e conteúdo latente, que é o significado oculto por trás do sonho, relacionado a desejos reprimidos, medos e memórias inconscientes. Interpretar um sonho, portanto, não se limita ao relato literal, mas exige decifrar seus símbolos e distorções.

5. O trabalho do sonho

Ele propôs que o chamado trabalho do sonho transforma pensamentos inconscientes em imagens e narrativas oníricas. Esse processo envolve a condensação, que significa reunir diversos significados em uma só imagem ou cena; e o deslocamento, que transfere a importância de um elemento para outro. Em outras palavras, o trabalho do sonho é o que torna o desejo reprimido aceitável para a consciência, permitindo que seja expresso sem causar medo ou culpa diretos.