
Dermatologista Maria Clara Nobre explica a importância do diagnóstico precoce, da visita regular ao especialista e dos tratamentos disponíveis contra o câncer de pele mais comuns
Recentemente, a atriz Fernanda Rodrigues revelou a recidiva de um carcinoma basocelular, o tipo mais frequente de câncer de pele. Embora geralmente apresente evolução lenta e baixo risco de metástase, esse tipo de tumor pode causar deformidades locais e comprometer tecidos vizinhos quando não tratado adequadamente.
Segundo a dermatologista Dra. Maria Clara Nobre (CRM 206003 | RQE 79760), membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a notícia chama atenção para a necessidade de vigilância constante. “O carcinoma basocelular pode parecer uma ferida ou mancha inofensiva que não cicatriza, mas exige avaliação médica. O diagnóstico precoce é determinante para evitar complicações e garantir tratamentos menos invasivos”, explica.
O que observar na pele?
Entre os principais sinais de alerta estão:
• Feridas que não cicatrizam após algumas semanas.
• Lesões com bordas elevadas e aspecto perolado.
• Manchas avermelhadas ou acastanhadas que descamam.
• Pequenos nódulos que sangram com facilidade.
O dermatologista deve avaliar qualquer alteração persistente, como reforça a especialista. “Muitas pessoas acreditam que só as pintas escuras são preocupantes, mas o carcinoma basocelular muitas vezes aparece como uma lesão clara, discreta e aparentemente sem gravidade”, alerta.
Fatores de risco
O principal fator associado ao câncer de pele é a exposição solar acumulada ao longo da vida, especialmente sem proteção adequada. Histórico familiar e pele clara também aumentam a predisposição.
Tratamentos disponíveis
Hoje, existem diferentes abordagens, dependendo do subtipo do tumor, sua extensão e localização da lesão. A mais utilizada é a cirurgia dermatológica para retirada do tumos. Entretanto, alguns casos podem ser tratados com crioterapia e até mesmo medicamentos tópicos ou sistêmicos. “O tratamento é altamente eficaz quando realizado cedo. O grande risco está na demora para procurar ajuda, permitindo que a lesão se expanda”, reforça a médica, que atua como cirurgiã dermatológica e coordena centros de referência em tecnologia dermatológica.
Prevenção: um hábito diário
A Dra. Maria Clara Nobre destaca que a prevenção deve fazer parte da rotina. “Usar protetor solar diariamente, evitar exposição solar nos horários de pico e visitar o dermatologista ao menos uma vez por ano são medidas simples que salvam vidas. Casos como o da Fernanda Rodrigues nos lembram de que cuidar da pele não é vaidade, mas saúde”, conclui.