 
														Lipoaspiração com tecnologia domina clínicas e acende alerta sobre segurança
A volta da magreza extrema, o sumiço das curvas exageradas e a revalorização do abdômen trincado têm moldado uma nova estética nas redes sociais e fora delas. A busca por lipoaspiração cresce no ritmo das tendências, impulsionada por celebridades que surgem visivelmente mais magras.
Enquanto nomes como Maiara, Yasmin Brunet, Bianca Andrade e Viih Tube estampam manchetes por mudanças corporais expressivas, nos bastidores, clínicas e hospitais acompanham a explosão de pacientes interessados em versões tecnológicas da cirurgia. Vibrolipo, Ultrassom e Argoplasma são as palavras da vez.
As técnologias que promovem a magreza extrema
Segundo o cirurgião plástico @drtariknassif, o apelo dessas técnicas está no resultado mais definido e no menor trauma cirúrgico. “A lipo tradicional e a lipo com tecnologias têm o mesmo objetivo: remover gordura localizada. A diferença está no ganho de precisão e refinamento que os novos aparelhos proporcionam ao contorno corporal”, explica.
O ultrassom emulsifica a gordura antes da retirada, facilitando a aspiração. O vibrolipo reduz o esforço do cirurgião e o impacto nos tecidos. Já a radiofrequência e o argoplasma aquecem as camadas internas da pele, estimulando a produção de colágeno e promovendo uma retração gradual da flacidez.
Crescimento ao redor do mundo
Esse avanço tecnológico não é apenas estético: ele movimenta o mercado global. Segundo relatório da Research & Markets, publicado pelo Globe Newswire em 2025, o setor de dispositivos para lipoaspiração foi avaliado em US$ 989 milhões em 2024 e deve crescer a uma taxa média de 11,9% ao ano até 2033. Ou seja: além da procura por procedimentos, há um investimento maciço em inovação.
“É natural que as pacientes que já cuidam do corpo com treino e alimentação procurem esses métodos para definir ainda mais o contorno corporal”, observa Dr. Tárik. “Mas a avaliação clínica completa é indispensável, levando em conta doenças pré-existentes, estado nutricional e uso de medicamentos. A segurança começa no planejamento.”
Os cuidados incluem também o médico anestesista. Embora muitas vezes esquecido nas discussões populares sobre cirurgia plástica, ele é o profissional responsável por monitorar todos os sinais vitais durante o procedimento e acompanhar a paciente até a recuperação completa da consciência. “É ele quem zela pela estabilidade e bem-estar durante todo o processo”, reforça o cirurgião.
Falta de planejamento
No Brasil, a lipoaspiração foi o procedimento estético mais realizado entre as mulheres em 2024, segundo a ISAPS (Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética). Mas com a alta na procura, aumentam também os riscos de decisões apressadas, muitas vezes motivadas por tendências de beleza nas redes sociais.
“Cirurgia plástica envolve expectativa, recuperação, repouso, custos, uso de cintas, drenagens… Tudo isso deve ser bem planejado. O paciente precisa entender todas as fases desse processo, e o médico precisa saber até onde pode ir, sem comprometer a saúde e a naturalidade do resultado”, ressalta Tárik.
O papel do profissional
O alerta é especialmente importante num momento em que a obsessão por corpos magérrimos volta a ganhar espaço. Para o especialista, é papel do cirurgião traçar limites. “É possível alcançar um abdômen mais definido, sim. Mas dentro do que for saudável, harmônico e realista para cada corpo. O bom resultado não pode custar o bem-estar da paciente.”
No fim das contas, por trás de cada lipo bem-sucedida, há uma soma de fatores: tecnologia, técnica, segurança e diálogo franco entre médico e paciente.
 
															 
								 
											 
											 
											 
											 
											 
									 
									 
									