A baixa umidade do ar pode causar alguns problemas para os olhos
O período de seca em diversas regiões do Brasil tem trazido preocupações não só quanto ao impacto ambiental, mas também sobre a saúde da população. A baixa umidade do ar está diretamente associada ao aumento de casos de olho seco, uma condição que afeta a qualidade de vida. E, em casos mais graves, pode levar a complicações oculares.
Como a falta de umidade afeta os olhos?
A baixa umidade intensifica a evaporação da lágrima, reduzindo a proteção natural dos olhos. “A baixa umidade do ar intensifica a evaporação da lágrima, o que pode levar ao olho seco. Essa condição, além de causar ardência, sensação de areia nos olhos e vermelhidão, pode evoluir para complicações mais sérias. Como inflamações e infecções oculares se não for tratada adequadamente”, alerta o oftalmologista Antônio Sardinha, do Hospital de Olhos de Cuiabá (HOC). Os sintomas incluem desconforto constante, visão turva e até mesmo dor ocular.
O que fazer?
Para minimizar os efeitos do clima seco, o especialista recomenda o uso de colírios lubrificantes, conhecidos como lágrimas artificiais, que ajudam a manter a hidratação dos olhos. “O uso regular de lágrimas artificiais é fundamental para repor a umidade perdida e prevenir irritações”, explica Antônio Sardinha. Além disso, é imprescindível aumentar a ingestão de água e utilizar umidificadores em ambientes internos, medidas essenciais para combater o ressecamento ocular e de outras mucosas.
Outro fator que agrava o problema do olho seco é o uso prolongado de dispositivos eletrônicos, como celulares e computadores. Eles diminuem a frequência das piscadas e, consequentemente, a lubrificação dos olhos. Durante períodos de baixa umidade, é recomendável reduzir o tempo de exposição a esses aparelhos e fazer pausas frequentes para piscar.
Outras dicas
Manter a hidratação, evitar atividades físicas intensas ao ar livre durante as horas mais quentes do dia e procurar locais frescos e umidificados são práticas essenciais para minimizar os efeitos adversos do clima seco. “A combinação de calor extremo e baixa umidade não afeta apenas os olhos, mas também pode levar à desidratação, agravamento de problemas respiratórios e outros desconfortos físicos”, alerta Antônio Sardinha.
Diante do atual cenário climático, redobrar os cuidados com a saúde ocular é imprescindível. Com as temperaturas elevadas e a umidade em níveis perigosamente baixos, seguir as orientações dos especialistas pode fazer a diferença para manter o bem-estar durante essa temporada desafiadora.
