Lua Negra: depois de 23 de agosto, fenômeno irá se repetir somente em 2028 (Foto: Divulgação/Urânia Planetário)
Fenômeno astronômico afeta as marés e favorece a visualização, com telescópios amadores, de galáxias e nebulosas
Na noite de 23 de agosto de 2025, próximo sábado, um fenômeno raro acontecerá no céu: a chamada Lua Negra (Black Moon). Diferentemente da Lua Cheia, esse fenômeno marca a ausência visível da lua — é uma terceira Lua Nova em uma estação com quatro Luas Novas, segundo a definição sazonal usada por astrônomos e almanaques como o Farmer’s Almanac. As informações são da Urânia Planetário, empresa de divulgação científica sobre astronomia e responsável pela montagens de planetários itinerantes.
Quatro Luas
Esse tipo de Lua Negra ocorre quando uma estação, neste caso, o inverno no Hemisfério Sul, tem quatro Luas Novas, algo raro, pois cada estação normalmente tem apenas três. A terceira, por convenção cultural, recebe o nome de Black Moon, ou Lua Negra. Não é um termo oficial da União Astronômica Internacional, mas amplamente usado na divulgação científica.
A Lua Nova em si é um fenômeno mensal: ocorre quando a Lua está entre a Terra e o Sol, com seu “lado escuro” voltado para nós. Nessa fase, ela é invisível a olho nu. Em 23 de agosto, isso acontecerá às 03h08 (horário de Brasília).
Influencia as marés
Apesar de não ser visível, a Lua Negra tem importância prática. Sua posição influencia as marés, que estarão com maior variação entre alta e baixa. Além disso, o céu escuro favorece a observação de objetos débeis, como galáxias e nebulosas, com telescópios amadores.
No Brasil, embora o termo “Lua Negra” não faça parte do folclore local, ele ajuda a ensinar sobre os ciclos lunares e a precisão dos calendários astronômicos. A próxima Lua Negra está prevista para agosto de 2028.
