Ginástica rítmica e artística: você conhece as diferenças? Rebeca e Flavia - Divulgação_Confederação Brasileira de Ginástica

Se você já se perguntou sobre as diferenças entre ginástica artística e rítmica, está no lugar certo! Ambas as formas de ginástica são incríveis para melhorar força, flexibilidade e conexão com o corpo. E o melhor? Qualquer pessoa pode começar a praticá-las, seja você novo no mundo fitness ou um atleta experiente.

Então, qual é a diferença? Luara Oliveira, treinadora das turmas de alto rendimento da ASGYM, Academia de Ginástica Artística em Vitória, ES, árbitra nacional e diretoria técnica da FESG – Federação do Espírito Santo de Ginástica, com toda sua experiência, nos ajudou a entender melhor as particularidades de cada uma duas modalidades e como diferenciá-las. 

Ginástica rítmica

Na ginástica rítmica, é tudo sobre estilo e apresentação. “Essa modalidade é exclusivamente feminina, praticada no solo, e o principal são os saltos, contorcionismo e coreografia, tudo sincronizado com a música. E elas tem suas raízes nas danças clássicas e nas escolas de ginásticas europeias”, explica Luara.

As ginastas rítmicas contam com uma variedade de aparelhos para usar nas apresentações, como arco, bola, fita, corda e maças (aqueles pinos de boliche). Sua estreia olímpica foi em 1984 e, desde então, esta modalidade caiu na graça do público. 

Durante as apresentações, que podem ser individuais ou em equipes, as ginastas precisam estar sempre em movimento. Os juízes avaliam a utilização do espaço, a expressão corporal e a sincronia com a música para dar suas notas.

Ginástica artística

A ginástica artística, ao contrário da rítmica, foca mais na técnica. Aqui, a diversidade está nos aparelhos utilizados, cada um com sua função específica. A treinadora da ASGYM elenca quais são as categorias desta modalidade:

  • sem nenhum aparelho;
  • a barra fixa;
  • as barras paralelas;
  • cavalo com alças;
  • argolas;
  • barras assimétricas e,
  • salto sobre a mesa.

Outra diferença da ginástica artística é que ela é disputada tanto por mulheres, quanto por homens. “Os exercícios exigem força, equilíbrio e flexibilidade, e os ginastas são avaliados pela dificuldade dos movimentos e pela execução em cada aparelho. As apresentações são realizadas em diferentes aparelhos e precisam apresentar o menor número de erros possível “, descreve Luara.

Particularidades das apresentações

Os ginastas masculinos usam seis aparelhos distintos na ginástica artística: a barra fixa, as barras paralelas, o cavalo com alças, a mesa e as argolas específicas para essa modalidade. Já as ginastas femininas utilizam quatro aparelhos diferentes, além do solo: as barras assimétricas, a mesa, a trave e a barra de equilíbrio.

De acordo com a treinadora e árbitra, os atletas recebem as pontuações baseadas na complexidade de seus movimentos e na habilidade que demonstrarem em cada aparelho. Nas disputas por equipes, ganha aquela que acumular mais pontos ao longo de toda a competição. “Alguns aparelhos valorizam mais saltos e giros, enquanto outros destacam a força e a energia dos ginastas”, pontua.

Luara explica que a principal diferença entre os gêneros, embora ambos compitam no solo, está na categoria feminina, onde as apresentações são acompanhadas por música e exigem uma maior incorporação de dança e graciosidade nos movimentos.

O que mais as diferencia?

Na ginástica rítmica, as apresentações duram entre 2 minutos e 15 segundos e 2 minutos e 30 segundos, com regras específicas sobre os aparelhos utilizados. Já na ginástica artística, além das competições individuais, há eventos separados para cada aparelho, resultando em um total de 14 categorias.


E o trampolim?

Em conclusão, desde 2000, o trampolim também é um esporte olímpico, com competições individuais para homens e mulheres. Aqui, os atletas mostram sua habilidade em uma série de 10 saltos diferentes, sendo avaliados pela dificuldade e precisão de seus movimentos.