Juliana Sana mostra a força da mulher Juliana Sana. Créditos: Victor Pollack

Desde 2020, a apresentadora do quadro Belezas da Terra conta a história de mulheres a frente do negócio no campo


Na angústia do isolamento social da pandemia, a gaúcha Juliana Sana encontrou um jeito de valorizar mulheres que estavam se dedicando ao trabalho que ninguém via. Há 10 anos, a produtora audiovisual, jornalista e apresentadora se dedica a contar histórias reais de pessoas de diferentes lugares pelo Brasil, e, desde 2020, conversa diretamente com as mulheres do campo na série Belezas da Terra

“Assim nasceu o Belezas da Terra

O quadro, apresentado no É De Casa, da TV Globo, retratou a realidade de mais de 120 mulheres à frente dos próprios negócios no campo. A vontade de se ligar ao agro surgiu durante o período de lockdown na pandemia de Covid-19. Ela se questionava quem ainda produzia, enquanto a maioria das pessoas estava trancada em casa. “Comecei a percorrer alguns sítios e fazendas do interior do Rio Grande do Sul para descobrir quem estava trabalhando para produzir nosso alimento. Me deparei com muitas mulheres à frente desses negócios rurais. Mulheres que há 30, 40 anos, ficavam no backstage e na cozinha das fazendas, agora estavam à frente dos negócios. Fiquei curiosa para saber como viviam, como eram suas rotinas, como era sua família, como era sua história…”, relata Juliana.  

Juliana Sana, uma repórter aberta para o diferente

Ao longo de sua carreira, Juliana já fez de tudo um pouco. Ela surfou ondas gigantes no Havaí com Maya Gabeira, praticou yoga na Índia com Fernanda Lima, levou Claudia Leitte para surfar nas águas geladas de Malibu, e experimentou rotinas pra lá de diferentes no programa Na Pele, do canal Multishow. Nessa produção, ela viveu como sem-teto, stripper, lutadora de boxe, equilibrista de circo, e muito mais.

“A lição que eu aprendi é que cada história de vida tem sua beleza, seu valor e que não podemos ter preconceito com nenhuma forma de vida”, afirma a gaúcha. “Todas as pessoas têm o direito de viver do jeito que quiserem, da forma que quiserem, independentemente de gênero, cor, raça ou classe social. Quer ser lutadora de MMA? Ou uma stripper? Quer ser paparazzi? Eu vejo beleza em tudo. Eu estou ali apenas para valorizar esse estilo de vida, e nunca para julgá-lá”, completa.