Crosslinking é bom para evitar doenças? Oftalmologista responde Freepik

O crosslinking é um procedimento que fortalece a córnea, impedindo que doenças como o ceratocone — condição em que a córnea se afina e se deforma progressivamente — avancem.

Segundo Marcelo Guedes, oftalmologista da Clínica de Olhos Avançada, o tratamento é indicado principalmente para pacientes com diagnóstico precoce ou sinais de progressão da doença, ajudando a preservar a visão e reduzir a necessidade de cirurgias futuras.

Como funciona o crosslinking?

O crosslinking é um procedimento que utiliza riboflavina (vitamina B2) e luz ultravioleta para criar ligações adicionais entre as fibras de colágeno da córnea. Isso aumenta a resistência e a estabilidade da córnea, prevenindo seu afinamento e deformações.

Quem deve fazer o crosslinking?

Pacientes com ceratocone em fase inicial ou em progressão, geralmente adolescentes ou adultos jovens, são os principais candidatos. O procedimento também pode ser indicado para outros casos de fragilidade corneana.

Quais são os benefícios do crosslinking?

O principal benefício é parar ou retardar a progressão do ceratocone, preservando a acuidade visual. Além disso, pode reduzir a necessidade de lentes de contato especiais ou transplante de córnea no futuro.

O crosslinking é doloroso ou tem muitos efeitos colaterais?

O procedimento é relativamente seguro e realizado com anestesia local. É comum sentir desconforto leve nos primeiros dias após o tratamento, e o acompanhamento médico é essencial para evitar infecções ou complicações raras.

Quanto tempo dura o efeito do crosslinking?

O efeito é duradouro, pois fortalece permanentemente as fibras de colágeno da córnea. Estudos mostram que a maioria dos pacientes mantém a estabilidade da córnea por anos após o procedimento, embora o acompanhamento oftalmológico contínuo seja essencial.

É possível combinar o crosslinking com outros tratamentos para o ceratocone?

Sim. Em casos selecionados, médicos podem combinar o crosslinking com lentes de contato especiais, implantes de anel intracorneano ou até cirurgias refrativas. Essa combinação visa melhorar a visão do paciente e manter a córnea estável a longo prazo.