Da tradição à inovação: o papel renovado dos implantes hormonais Freepik

Cada vez mais presentes nos consultórios médicos, os implantes hormonais foram a primeira forma de reposição surgiram na década de 30

Hoje, com maior eficácia e previsibilidade, se consolidam como uma alternativa eficaz e moderna no tratamento de distúrbios hormonais que impactam a qualidade de vida. O Dr. Guthyerres Carvalho, médico clínico geral com ampla experiência em terapias hormonais e sólida formação em Medicina do Esporte, destaca que a reposição hormonal por meio de implantes é uma estratégia que vai além da estética. O foco é a saúde integral, especialmente em casos de menopausa, lipedema, emagrecimento e desequilíbrios hormonais.

O que é um implante

Os implantes consistem em pequenos cilindros inseridos sob a pele, geralmente no glúteo ou no braço. Eles liberam hormônios de forma contínua, por um período que pode variar entre três e doze meses, conforme a substância utilizada. Entre os hormônios mais comuns estão a testosterona, o estradiol e a gestrinona. O principal benefício, segundo o Dr. Guthyerres, está na liberação gradual e constante dos compostos. Assim, se evita os picos hormonais indesejados, comuns em outras formas de reposição, como comprimidos, injeções ou cremes. “Isso proporciona maior estabilidade emocional, melhora do sono, aumento da disposição, da libido e até da massa muscular. Além disso, alivia sintomas clássicos da menopausa, como ondas de calor, secura vaginal e irritabilidade.”

Os especialistas também associam o uso dos implantes à melhora da composição corporal e à redução da gordura abdominal, tornando-o uma ferramenta complementar importante em protocolos voltados para o emagrecimento e o tratamento do lipedema — condição caracterizada pelo acúmulo anormal de gordura, principalmente nas pernas e nos braços, que afeta especialmente mulheres. Ainda, alguns implantes possuem efeito contraceptivo e apresentam eficácia superior a 99%, com duração prolongada e alta taxa de adesão entre as pacientes.

Existem riscos

Contudo, apesar dos avanços e da crescente popularidade, o uso de implantes hormonais requer cautela. O Dr. Guthyerres Carvalho alerta que a terapia deve ser sempre individualizada, com base em exames laboratoriais, histórico clínico e objetivos bem definidos para cada paciente. Os riscos não devem ser ignorados. Alterações de humor, acne, retenção de líquidos, alterações no ciclo menstrual e até complicações mais graves, como trombose e risco aumentado para certos tipos de câncer, podem ocorrer, especialmente quando os implantes são utilizados sem supervisão adequada ou quando manipulados fora dos padrões regulatórios.

A preocupação com a prescrição indiscriminada motivou recentemente órgãos reguladores, como a Anvisa, a reforçarem medidas de controle, exigindo prescrição médica com CID (Classificação Internacional de Doenças), assinatura de termo de responsabilidade e notificação obrigatória de efeitos adversos. Além disso, sociedades médicas, como a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), têm se posicionado contra o uso de hormônios, especialmente da gestrinona, apesar da existência de diversos estudos clínicos que comprovam sua segurança e eficácia a longo prazo.

Não é só moda

Apesar das controvérsias, o Dr. Guthyerres reforça que, quando bem indicados, os implantes podem transformar a vida de muitos pacientes. “Não se trata de uma solução mágica, nem de um modismo. A reposição hormonal é uma ferramenta poderosa quando inserida dentro de um acompanhamento médico criterioso e alinhada com hábitos de vida saudáveis. O que buscamos é restaurar o equilíbrio do corpo, melhorar a qualidade de vida e promover saúde de forma sustentável”, conclui.

Com uma prática clínica focada na saúde do adulto, o Dr. Guthyerres Carvalho tem se destacado justamente por adotar uma abordagem integrativa, que alia conhecimento técnico, escuta atenta e protocolos individualizados. Para ele, os implantes hormonais representam uma evolução no cuidado médico, desde que utilizados com responsabilidade, ética e ciência.