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Para esclarecer essa dúvida, Dra. Daniela Sammour, médica especialista em estética facial e corporal, explica o que está por trás da condição que deixa a pele com aspecto de “casca de laranja” e quais tratamentos realmente fazem diferença
A drenagem linfática se tornou queridinha nas clínicas de estética e nas redes sociais, especialmente entre mulheres que buscam reduzir o aspecto de “casca de laranja” da pele. Mas, apesar da popularidade, o procedimento nem sempre é eficaz contra o problema. Afinal, a técnica trata a celulite ou apenas alivia seus sinais temporariamente? Para esclarecer essa dúvida, a dermatologista Daniela Sammour, da Clínica Sammour, explica o que está por trás da condição e quais tratamentos realmente fazem diferença.
“A celulite, ou lipodistrofia ginóide, é uma alteração estética caracterizada por irregularidades na superfície da pele”, explica. Ela ocorre por mudanças estruturais no tecido gorduroso subcutâneo e envolve três fatores principais: acúmulo de gordura dentro das células adiposas, retenção de líquidos e formação de septos fibrosos que puxam a pele para baixo.
Causas multifatoriais
Os hormônios, principalmente os estrogênios, influenciam diretamente a condição: eles afetam a distribuição de gordura, a microcirculação e a estrutura da pele. Por isso, a celulite é muito mais comum em mulheres e tende a piorar em fases de variação hormonal como puberdade, gestação e uso de anticoncepcionais”.
Apesar da crença popular, a drenagem linfática não trata a celulite de fato. “A drenagem melhora a circulação linfática e sanguínea, reduzindo o inchaço e o acúmulo de líquidos, porém é necessário associar tratamentos que atuem nas camadas mais profundas da pele”, explica a dermatologista.
Tratamentos e prevenção
Hoje, os resultados mais significativos são observados em protocolos associados: “O tratamento que mais entrega resultado é o método que associa o descolamento dos septos fibrosos, que causam os furinhos, com os bioestimuladores de colágeno, que vão melhorar a qualidade da pele”.
Outras tecnologias também ajudam a potencializar o processo. Sammour destaca o Unyque Pro, uma plataforma com três ponteiras diferentes voltada para combate à celulite, flacidez e gordura localizada. “Para celulite grau 1 e 2, ela pode ser indicada para melhora da circulação e do inchaço. Já para graus 3 e 4, entra como coadjuvante”, orienta.
Além dos procedimentos, o estilo de vida faz diferença no resultado e na manutenção. “Uma alimentação equilibrada, treino e hidratação são fundamentais, inclusive para manter o tratamento”, conclui a especialista.
