
Conheça as indicações e riscos relacionados ao suplemento
Quando o assunto é suplemento pré-treino, a dúvida é quase sempre a mesma: “eu posso tomar?” A promessa é tentadora — mais energia, mais disposição, mais foco. Mas será que esse empurrãozinho funciona para todo mundo? Conversamos com o educador físico e personal trainer Anderson Téu, da Academia Gaviões, para entender melhor o que está por trás do famoso “pré”.
O que é, afinal, um pré-treino?
De acordo com Téu, trata-se de um suplemento composto, principalmente, por aminoácidos, cafeína e outras substâncias estimulantes. “Ele é usado para promover energia antes de iniciar o treino. É extremamente comum entre os praticantes de musculação, pois tem efeito rápido após a ingestão”, explica.
Mas calma: não é porque ele está em alta nas academias que o liberaram para geral. “Este suplemento precisa ter indicação para uso. Existem pessoas reativas aos componentes do pré-treino, e os efeitos colaterais podem ser sérios e prejudiciais”, alerta.
O que tem dentro do potinho?
Os principais ingredientes? Taurina, cafeína, beta alanina e arginina. Segundo o personal, esses componentes “agem em toda a cadeia circulatória, músculos e artérias, por isso é bem comum o usuário de pré-treino sentir uma leve coceira subcutânea”.
E quem tem pressão alta ou problemas cardíacos?
Não é recomendado, mas, com acompanhamento médico, há exceções. “É possível encontrar produtos com pouquíssimos efeitos colaterais para esse grupo de pessoas, desde que um profissional supervisione o uso”, afirma.
Iniciantes precisam?
Para quem está começando a se movimentar agora, a resposta é simples: não necessariamente. “O pré-treino só é um incentivador para pessoas que tenham muitos problemas com a motivação e baixa performance por conta desse desânimo”, diz Téu.
Café pode substituir?
Pode sim! E tem mais: “Uma xícara cheia de café equivale a 66 mg de cafeína. Já um suplemento com 400 mg de cafeína equivale a cerca de seis xícaras de café”, compara.
Tem hora certa para tomar?
Tem, e ela não é à noite. “O ideal é que o consumo seja feito no período da manhã ou tarde, antes das 16h, para não atrapalhar o sono, que também é parte fundamental da evolução do atleta. O consumo precisa ser feito 30 minutos antes do treino para ter total eficiência.”
E os riscos de exagerar?
Aqui o alerta é sério. “O uso indiscriminado pode ser prejudicial à saúde, gerando risco cardiovascular e até problemas psicológicos por conta dos estimulantes”, reforça o educador físico.
Existem alternativas mais naturais?
Sim, e várias. Para quem prefere algo mais leve ou quer experimentar antes de investir em um suplemento industrializado, dá para contar com a ajuda da natureza. “Café, canela, cúrcuma, beterraba, gengibre, pó de guaraná… Todos são alternativas caseiras de estímulo para o treino.”
Ou seja, no fim das contas, o pré-treino pode ser um aliado — mas não é mágico, nem inofensivo. Como tudo no universo fitness, o segredo está no equilíbrio e na orientação profissional.