
Mesmo sendo eleito o melhor destino para turismo de aventura em 2024, o Brasil ainda exige atenção de turistas
Recentemente, uma onda de acidentes e fatalidades em ambientes naturais tem abalado o turismo e as atividades física. Isso levou o mundo a questionar os cuidados necessários nos turismos de aventura. No dia 21 de junho, por exemplo, um balão de ar quente pegou fogo em Praia Grande, no sul de Santa Catarina. O que mais chamou a atenção foi a velocidade e a escalada do voo que, em apenas quatro minutos após a decolagem, despencou com 21 pessoas a bordo.
Em 2024, especialistas elegeram o Brasil como o melhor destino do mundo para atividades recreativas e não competitivas em contato com a natureza, como trilhas, canoagem e rapel. São desafios mentais que proporcionam aos viajantes uma experiência intensa com o meio em que estiverem. Seja em florestas, montanhas ou rios, exigindo habilidades físicas ou esforços que envolvem a superação de limites.
Reflexão é essencial
“A viagem de balão é um ‘lazer’ turístico que só ocorre com o consentimento do visitante. Embora permitido, quem pratica essa atividade assume um alto risco, já que as autoridades a regulamentam como um aerodesporto. Portanto, é imprescindível que se conheçam os prós e os contras antes de tomar qualquer decisão que possa caracterizar um perigo. Essa posição no ranking de melhor destino é reflexo de uma segurança de qualidade, infraestrutura turística e do enorme potencial de momentos inesquecíveis. Porém, isso não isenta nenhum imprevisto mediante as condições da própria natureza”, disse o pesquisador e especialista em atividades turísticas, Urandir Fernandes.
Nos últimos anos, o governo brasileiro e a iniciativa privada investiram na promoção de destinos de aventura e na capacitação de profissionais do setor. O foco é garantir segurança aos turistas e um atendimento de ponta. O mais importante, para que esse tipo de movimentação continue acontecendo, é o incentivo à preservação ambiental. Assim, mantendo os atrativos e garantir a conservação dos locais que são expostos e podem sofrer todo tipo de alteração.
Brasil na frente
Mais de 17 mil pessoas participaram da pesquisa em diversos países, e os avaliadores colocaram o Brasil na 30ª posição entre os 89 destinos mais recomendados do mundo. Além de liderar essa categoria, o país se posicionou em 11º lugar como influência cultural (moda e entretenimento), 12º em mudanças (países com economia de alto potencial) e 12º em herança (valorização da história rica em cultura e geografia).
“ Nosso país possui 8,5 mil quilômetros de faixa litorânea e condições favoráveis às práticas ao ar livre. Mas apesar da diversão contar muito nesses momentos, devemos sempre ter cautela e consciência dos nossos atos. As adversidades são inúmeras, como mudanças climáticas, chuvas fortes, contato com animais, quedas e outros. Por isso, é importante ter planejamento e informação, equipamentos adequados, conhecimento das condições locais e respeito aos limites, tanto os nossos quanto os do lugar”, finalizou Urandir.