Evite dor de cabeça e gastos desnecessários nas suas viagens
Viajar é uma das experiências mais prazerosas que existem, mas também uma das que mais exigem preparo. Além de reservar passagens, definir roteiros e organizar documentos, um item essencial costuma ser esquecido por muitos brasileiros: o seguro-viagem.
A contratação, obrigatória em diversos destinos internacionais, garante tranquilidade com imprevistos que possam ocorrer durante a viagem. Sejam eles relacionados a saúde (como despesas médicas, hospitalares, farmacêuticas) bagagem (danos, atraso ou extravio de bagagem), voo (atraso), e até mesmo situações mais graves (regresso sanitário, traslado de corpo).
Apesar da importância, uma realidade preocupante persiste: apenas 30% dos viajantes brasileiros contratam seguro viagem, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). Para Eduardo Campos, diretor da DayCambio, do Banco Daycoval, a assistência deixou de ser um luxo para se tornar parte do planejamento financeiro de qualquer viajante. “É uma forma de evitar prejuízos significativos com despesas médicas ou logísticas que, fora do Brasil, podem ultrapassar o custo total da viagem”, aponta.
Coberturas no seguro viagem
Em média, o custo representa de 3% a 5% do valor total da viagem. As coberturas incluem despesas médicas, hospitalares, dano e extravio de bagagem. Além de cancelamento de viagem e repatriação médica, incluindo gestantes até a 28 semanas, idosos e praticantes de esportes radicais. Campos reforça que o ideal é contratar o produto com instituições reguladas pela Susep e integradas a redes internacionais de assistência. “O viajante deve sempre verificar o limite de cobertura, o prazo de carência e o alcance global do serviço. Nosso diferencial está na assistência com atendimento humanizado. O cliente pode resolver situações complexas com apoio em português e com a segurança de uma instituição sólida por trás”, diz.
Razões para investir no seguro viagem
A seguir, quatro motivos que justificam incluir o seguro na sua próxima viagem e o que observar na hora de contratar.
1 - Cobertura médica e hospitalar no exterior
O principal motivo para contratar um seguro-viagem é a proteção em urgências e emergências de saúde. Consultas médicas simples podem custar centenas de dólares em países como Estados Unidos e Canadá, enquanto internações chegam facilmente a milhares. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a rede consular brasileira não pode arcar com despesas médicas particulares, o que reforça a importância de um seguro que cubra despesas médicas, hospitalares e odontológicas.
Em muitos casos, o seguro também cobre o traslado médico, internações e até o retorno antecipado ao Brasil, evitando que o viajante arque com o prejuízo de custos altíssimos em outro país”, explica Campos.
Para se ter uma ideia dos custos, uma simples consulta de urgência nos Estados Unidos pode variar entre US$ 300 e US$ 500, e uma diária de internação hospitalar pode custar de US$ 3.000 a US$ 4.000. No Canadá, uma visita a uma clínica ou pronto-socorro pode custar entre $100 e $600 para não residentes.
2 – Extravio, dano ou atraso de bagagem
De acordo com o relatório de 2025 da SITA, uma das principais fornecedoras de tecnologia para o setor aéreo, em 2024 cerca de 33,4 milhões de malas foram manuseadas incorretamente no mundo, a uma taxa de 6,3 malas por 1.000 passageiros. O seguro viagem oferece coberturas em casos de extravio, atraso ou dano à bagagem, e também suporte para rastreamento. Essas coberturas são especialmente relevantes pois são situações muito corriqueiras e que trazem muitos gastos com itens essenciais de higiene e roupas”, reforça Campos.
3 - Interrupção de Viagem e Retorno Antecipado do Segurado
Imprevistos acontecem e podem custar caro. O seguro viagem cobre as despesas pagas antecipadamente e/ou não reembolsáveis com a aquisição de pacotes turísticos e/ou serviços de viagens. Tais como transporte e hospedagem, caso a viagem precise ser interrompida, assim como as despesas com o traslado de retorno antecipado do passageiro ao local Brasil por motivos como doença, falecimento de familiares ou emergências documentais.
“É um tipo de proteção que poucos lembram, mas que faz diferença em viagens longas ou caras. Uma mudança de voo de última hora pode representar prejuízos de milhares de reais”, observa o diretor da DayCambio.
4 - Exigência legal em destinos internacionais
Diversos países impõem que o viajante apresente uma apólice válida de seguro-viagem como condição para entrada. O que vai além de mero cuidado: trata-se de requisito formal. No caso dos 29 países que compõem o Espaço Schengen (como França, Itália e Alemanha), por exemplo, o seguro deve ter cobertura mínima de € 30.000 para despesas médicas. Além de ser válido em todos os países do bloco e por toda a estadia no território.
“A obrigatoriedade de apresentar uma apólice válida mostra que o seguro-viagem não é apenas uma compra voluntária, sem ele, o viajante arrisca desde o visto até a cobertura de eventos imprevistos no exterior”, destaca Campos.