Capacete com luzes de LED reduz inflamação, estimula os folículos e pode acelerar a recuperação após transplante capilar
A fotobiomodulação, popularmente chamada de ledterapia, vem se consolidando como um recurso importante no tratamento contra a queda de cabelo. É um capacete que emite luzes de LED para atuar diretamente nas células do couro cabeludo, reduzindo processos inflamatórios e favorecendo a recuperação dos fios. “Essas luzes aumentam a produção de ATP (adenosina trifosfato), molécula que fornece energia às células, estimulando fatores de crescimento e até a função genética”, explica o médico tricologista Julio Pierezan, especialista em cirurgia de Transplante Capilar (Buenos Aires/ARG).
A versatilidade é um dos pontos fortes da ledterapia
Os profissionais podem associar o método a procedimentos como a microinfusão de medicamentos na pele (MMP) e a mesoterapia, o que potencializa os resultados. Também é indicado para quadros de alopecia androgênica, eflúvio telógeno e como suporte para pacientes submetidos ao transplante capilar. “No pós-transplante, o uso da luz auxilia tanto a área doadora quanto a receptora. Já que a ativação do colágeno contribui para a cicatrização e acelera o processo de recuperação. Além disso, reduz inflamação, dor e inchaço nesse período”, pontua Pierezan.
Como funciona?
O funcionamento é simples: o paciente utiliza um capacete equipado com luzes de LED por alguns minutos. O estímulo melhora a circulação sanguínea local, favorecendo a absorção de nutrientes e, consequentemente, o crescimento dos folículos. “Em muitos casos, há aumento da espessura dos fios e do volume capilar”, ressalta o tricologista.
Cada sessão dura em média sete minutos, e a frequência varia de acordo com a necessidade do paciente, podendo ser diária (por um período preestabelecido) ou até duas vezes por semana. Os primeiros resultados começam a surgir a partir da terceira sessão e o procedimento é indolor, mas requer acompanhamento médico. “Se usado sem indicação ou por tempo maior que o recomendado, pode ter efeito contrário e estimular ainda mais a queda”, conclui Pierezan.
