
Mais ativos, conectados e cheios de planos, os novos idosos brasileiros estão redefinindo o significado de envelhecer. O Brasil vive uma verdadeira transformação demográfica: segundo projeções do IBGE, a população com 60 anos ou mais deve ultrapassar o grupo de 0 a 14 anos por volta de 2031, um marco que muda a forma como o país encara a maturidade. O Censo 2022 já aponta esse avanço, mostrando que 15,6% dos brasileiros pertencem à faixa 60+, um grupo que cresce e ganha protagonismo social.
A nova geração 60+
No Mês do Idoso, celebrado ao longo de outubro, o tema ganha destaque por refletir um novo modo de viver essa fase da vida. Cada vez mais pessoas chegam aos 60 anos com disposição, autonomia e curiosidade para aprender. Segundo a médica geriatra Dra. Polianna Souza, cofundadora do canal Longidade, “a imagem do idoso frágil e dependente não traduz a realidade da maioria. Hoje, envelhecer é também sobre descobrir novos caminhos, cultivar qualidade de vida e manter o protagonismo, algo que precisa ser valorizado pela sociedade e pelas políticas públicas”.
Essa geração vem mostrando que maturidade é sinônimo de movimento. Muitos seguem atuando no mercado de trabalho, empreendendo, estudando, viajando e mantendo uma vida social ativa. “O idoso de hoje não aceita mais o rótulo de que envelhecer é o fim. Ao contrário: essa é uma fase de potência. Eles querem aproveitar oportunidades, aprender coisas novas, conviver, se divertir e, principalmente, sentir-se úteis e produtivos”, afirma Jotta Junior, especialista em neurocomunicação, membro da Neurobusiness Society e cofundador do Longidade.
Emocional fortalecido
Além dos ganhos físicos e sociais, o aspecto emocional tem papel fundamental nesse processo. A busca por propósito, vínculos afetivos e pertencimento se mostra essencial para o bem-estar psicológico. O psicólogo Francisco Carlos Gomes, também cofundador do Longidade, explica que “a saúde emocional do idoso está diretamente ligada à autonomia e à capacidade de continuar sonhando. Quando o idoso se sente ativo e valorizado, ele enfrenta melhor as mudanças naturais da idade e encontra mais satisfação na vida cotidiana”.
Mais do que uma fase biológica, a longevidade tornou-se um novo capítulo de descobertas e realizações. O Mês do Idoso traz uma conscientização para reforçar que essa geração deve ser vista com respeito e admiração, reconhecendo que envelhecer, hoje, é viver com plenitude, propósito e liberdade.