Insatisfação sexual: como vencê-la? Shutterstock, Inc._Tirachard Kumtanom

Problema comum em nosso cotidiano, esse cenário deve ser administrado para não se tornar crônico

O brasileiro gosta de sexo e se empolga quando fala do assunto. Tanto que uma pesquisa recente, Love Life Satisfaction, mostrou que 60% das pessoas do nosso país se dizem satisfeitos com o sexo no casamento. Mas, o que fazer quando você faz parte dos 40% que ainda sofrem com a insatisfação sexual?

De acordo com o ginecologista e obstetra César Patez, muitos casos de falta de prazer no relacionamento podem ter como pano de fundo alguma patologia. “A maioria dos casos pode estar relacionado a baixa autoestima, depressão, traumas do passado, infidelidade conjugal, insegurança com a própria imagem e baixa autoconfiança”, conta.

Já a terapeuta Marina Simas Lima, psicóloga autora do livro-caixinha Vamos Falar de Problemas Sexuais (Matrix Editora), conta que as queixas mais comuns para a insatisfação sexual são inibição de desejo. “No homem, temos disfunção erétil e a ejaculação precoce, para a mulher, a dificuldade em ter orgasmo. Essa são as principais dificuldades”, destaca.

Como driblar esses problemas?

Marina diz que é preciso buscar ajuda profissional. “Ir no urologista, para o homem e ir no ginecologista, para mulheres. E se tiver causas emocionais buscar ir em um sexólogo ou terapeuta de casal que ajudem a resgatar a intimidade e a restabelecer a relação com qualidade e com prazer.” O ginecologista César Patez, acredita que é preciso reconquistar a confiança. “O mais importante é recuperar a confiança, fugir do que não funciona, investir no romantismo, como flores, massagens relaxantes, elogios são e serão sempre bem-vindos. O objetivo maior é conhecer melhor o corpo, a mente e o coração do outro de novo como se fosse a primeira vez, deixando de lado decepções amorosas ou mesmo traumas do passado”, destaca.

Mas, e quando o tesão acaba?

Marina afirma que é preciso resgatar a intimidade em casos em que a insatisfação sexual parece não ter solução. “Esse é um grande desafio, tentar fazer com que o tesão não acabe, mas para isso precisa resgatar a intimidade, os casais precisam ter objetivos em comum, ter vínculo, muita coisa boa ali para conseguir ter uma vida sexual satisfatória e compensatória. O casamento não favorece o desejo sexual porque ele traz uma zona de conforto, amanhã eu transo, depois de amanhã eu transo, isso vai distanciando. Então, o que a gente fala muito é para trabalhar com agenda. Não deixar passar tanto tempo sem ter uma frequência sexual adequada”, completa.

Deixe de lado a história da alma gêmea…

Segundo Patez, é preciso também esquecer a idealização do amor romântico. “Infelizmente, ainda somos educados em cima da ideia do amor romântico, da alma gêmea, do par perfeito. O importante é conhecer o outro, ter disponibilidade para mudar e intenção para que o relacionamento dê certo.”