Pets vs. fogos de artifício Todo final de ano é o mesmo drama com o medo dos seus pets por causa dos fogos de fogos de artifício? Fomos em busca de soluções!

Todo final de ano é o mesmo drama com seus bichinhos? Fomos em busca de soluções!

Sabemos bem como seria o mundo ideal: onde as pessoas fossem empáticas com quem sofre de hipersensibilidade ao som, sejam seres humanos ou animais, e evitariam soltar fogos de artifício barulhentos. Infelizmente, a realidade é outra, e no caso dos pets, o estresse causado pelo estrondo excessivo pode ocasionar problemas graves. Para saber como remediar essa situação, conversamos com Cinthia Paiva Pedroso, Bacharel em Veterinária e Coordenadora de Vendas Técnicas e Geração de Demanda da MSD Saúde Animal.

De onde vem o medo dos pets?

Cinthia explica que, principalmente no caso dos cachorros, a crença popular está correta: o som alto e inesperado incomoda o ouvido sensível dos nossos amados peludinhos, já que a audição é essencial para eles. E, embora o risco de uma reação física, como convulsões, seja raro, ele pode acontecer. Mas o grande problema dos fogos está no desespero dos pets, que ao tentarem se esconder do barulho irritante, podem facilmente se colocar em risco. “Aumenta muito o perigo de fuga de casa, acidentes e atropelamentos, por exemplo, fora a agitação extrema que eles acabam sentindo, que causa tremores e vários outros sintomas”, alerta a profissional.

O que fazer para acalmar os pets?

O conselho da especialista é manter a calma e não se render ao desespero do seu amigo. “Preparar os pets antecipadamente ajuda muito. Eduque-os com reforço positivo, oferecendo uma brincadeira ou petisco quando eles se irritam com o barulho, por exemplo. E não demonstre preocupação com eles quando o barulho acontecer, porque o nervosismo do tutor pode influenciar as reações dos animais. E antes da queima de fogos, prepare um ambiente seguro para eles, longe de janelas”, orienta.

Outras dicas são colocar objetos que o animal gosta, como brinquedos e petiscos, nesse local seguro, além de utilizar sons que possam abafar o incômodo, como música ou televisão. “Se não puder afastá-lo das janelas, feche as cortinas para evitar que ele veja os flashes de luz. E, principalmente, evite deixar seu pet sozinho nessas ocasiões, porque a presença do tutor é reconfortante para eles nesses momentos.”

Protetores e sedação

Cinthia afirma que sim, comprar protetores para som específicos para animais podem ajudar, mas infelizmente, eles não irão anular o barulho completamente. Já a sedação do pet também é possível, mas apenas em casos extremos, e sempre sob orientação de um médico veterinário. “E principalmente: trancar o pet sozinho em algum lugar não é uma boa ideia, principalmente se for um local que ele não conhece, porque tudo isso irá reforçar o medo e piorar a situação. Aja de forma tranquila, faça companhia a ele e brinque. A melhor forma dele enfrentar o estresse é contando com o apoio do tutor”, finaliza.


Ana Carvalho

Repórter de revista e portal na Editora Alto Astral. Formada em jornalismo em 2022 pela Unip e atualmente pós-graduanda em...