Com a chegada do ano novo, também surgem as tradicionais obrigações financeiras que pesam no bolso do brasileiro: o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores). Esses tributos, fundamentais para o funcionamento de serviços públicos, costumam causar dúvidas sobre a melhor maneira de pagamento: vale mais a pena quitar à vista, aproveitando os descontos, ou é melhor optar pelo parcelamento para aliviar o fluxo de caixa mensal?
Contas, contas e contas…
Para muitas famílias, o início do ano é um período de desafios financeiros, com matrículas escolares, materiais didáticos e gastos com férias. Diante de tantas demandas, a organização financeira se torna crucial para evitar que essas despesas comprometam o orçamento ou gerem dívidas desnecessárias ao longo do ano.
Para Paco Fazito, especialista em finanças pessoais, o pagamento à vista pode ser vantajoso em muitos casos devido aos descontos oferecidos pelas prefeituras e estados. “A maioria das administrações concede descontos que variam de 5% a 20% para quem quita o imposto de uma vez. Isso pode representar uma economia significativa, principalmente para quem tem reservas financeiras disponíveis”, explica. No entanto, ele alerta que usar todo o dinheiro da poupança para esse fim é arriscado.
Quando parcelar?
Já o parcelamento é uma boa alternativa para quem não tem dinheiro disponível à vista ou prefere preservar sua liquidez. “Se o desconto à vista for pequeno e o parcelamento não incluir juros, pode valer a pena distribuir os pagamentos ao longo do ano. O importante é encaixar as parcelas no orçamento mensal sem comprometer outras despesas fixas”, orienta Fazito. As pessoas devem avaliar cuidadosamente as condições oferecidas em cada estado e município, pois podem variar bastante.
Outro ponto levantado por Paco Fazito é o impacto emocional da escolha. “Pagar à vista pode proporcionar alívio imediato por se livrar da obrigação, mas, para muitos, o parcelamento pode reduzir o estresse financeiro. Cada pessoa deve analisar o que funciona melhor em sua realidade”, comenta. Antes de decidir, o contribuinte revise seus gastos e entenda se a economia gerada pelo desconto supera a perda de flexibilidade financeira.