
A infertilidade sem causa aparente (ISCA) é diagnosticada quando um casal apresenta exames normais de ovulação, reserva ovariana, permeabilidade tubária e parâmetros seminais, mas ainda assim não consegue engravidar após um ano de tentativas (ou seis meses, se a mulher tiver mais de 35 anos).
Segundo explica o Dr. Marcelo Marinho, médico especialista em reprodução humana da Clínica FERTIPRAXIS, o tratamento depende de alguns fatores como idade da mulher e tempo de infertilidade, por exemplo.
Alguns cuidados a se considerar
Segundo o especialista, se a mulher tem menos de 35 anos e o tempo de infertilidade é curto, pode se considerar mais alguns meses de tentativas naturais, otimizando hábitos como:
- Controle do peso
- Dieta equilibrada (rica em antioxidantes, pobre em ultraprocessados)
- Exercícios regulares (mas sem excessos)
- Redução do estresse
- Evitar álcool, tabaco e drogas
- Coito Programado com Indução da Ovulação
- Uso de indutores da ovulação (letrozol ou citrato de clomifeno) para aumentar a
- chance de ovulação e sincronizar
- o coito com o período fértil.
- Monitoramento ultrassonográfico para identificação do melhor momento de fertilidade da mulher e reduzir as chances de gestação múltipla.
Caso esteja acima dos 35 anos, pode-se já considerar tratamentos de reprodução assistida de baixa complexidade, como a inseminação intrauterina, ou de alta complexidade, como a fertilização in vitro.
Como tratar os casos de infertilidade sem causa aparente?
Estimula-se a ovulação com medicações, os espermatozoides são preparados e inseridos diretamente no útero em um dia específico, identificado com o auxílio da ultrassonografia.
Fertilização in Vitro (FIV)
- Indicação para casos persistentes de ISCA, idade materna mais avançada ou falha em tratamentos anteriores.
- Envolve estimulação ovariana com gonadotrofinas em doses maiores, coleta de óvulos, fertilização em laboratório e transferência embrionária.
- Permite seleção de embriões, avaliação genética e otimização da implantação.
- Melhores taxas de sucesso.
Segundo explica Dr. Marcelo, o tratamento da ISCA pode ser progressivo, iniciando com abordagens menos invasivas e evoluindo para técnicas mais avançadas conforme a idade e o tempo de infertilidade. “A escolha deve ser individualizada, considerando também o desejo do casal e a relação custo-benefício de cada opção”, finaliza.