
A resistência à insulina é uma condição que pode evoluir para diabetes tipo 2. E, muitas vezes, passa despercebida até que exames laboratoriais confirmem o diagnóstico. No entanto, alguns sinais visíveis podem indicar a necessidade de atenção médica.
Segundo o médico nutrólogo, especialista em emagrecimento e metabolismo, Valdecy Neto, o problema está frequentemente ligado ao estilo de vida. Incluindo o consumo excessivo de álcool, alimentação desbalanceada, sobrepeso e sedentarismo.
Sinais de resistência à insulina
O especialista explica quais são os sinais da resistência à insulina e como reverter a condição antes que ela traga complicações mais graves:
- Acrocórdons: pequenas protuberâncias na pele, especialmente no pescoço, que podem indicar alterações metabólicas. “São sinais de que algo no organismo não está funcionando bem e podem indicar resistência insulínica”, alerta o Dr. Valdecy.
- Acantose Nigricans: manchas escuras em regiões como axilas, pescoço e virilha. O escurecimento da pele ocorre devido ao aumento dos níveis de insulina no sangue, estimulando a produção excessiva de células epidérmicas.
- Aumento de gordura abdominal: a gordura visceral acumulada na região abdominal, forma uma dobra sobre a região pélvica, que é um forte indicativo de resistência à insulina. Esse excesso de gordura libera substâncias inflamatórias que prejudicam a ação da insulina, aumentando o risco de complicações metabólicas.
Ao perceber esses sinais, é essencial buscar um especialista para avaliação e acompanhamento. “A resistência insulínica pode ser revertida com mudanças no estilo de vida, como alimentação equilibrada e prática regular de exercícios. Quanto mais cedo for diagnosticada, melhor a resposta ao tratamento”, explica o nutrólogo.
Alimentação saudável
Além da atividade física, a alimentação tem um papel essencial no controle da resistência insulínica. De acordo com o Dr. Valdecy Neto, adotar hábitos alimentares saudáveis pode fazer toda a diferença.
“Priorizar alimentos naturais, reduzir o consumo de açúcares e farinhas refinadas, além de manter uma boa hidratação, são passos fundamentais para melhorar a sensibilidade à insulina”, orienta.
Ele destaca que incluir proteínas magras, gorduras boas e fibras na dieta ajuda a manter os níveis de glicose estáveis e a reduzir os picos de insulina. “Ovos, peixes, oleaginosas, abacate e vegetais folhosos são grandes aliados. Pois promovem saciedade e auxiliam no controle do peso, fator determinante para reverter a resistência insulínica”, afirma.
Outro ponto importante é evitar longos períodos em jejum e manter refeições equilibradas ao longo do dia. “Quando combinamos uma boa alimentação com exercícios físicos regulares, a reversão da resistência insulínica se torna ainda mais eficaz, prevenindo a progressão para diabetes tipo 2”, conclui o especialista.