Incontinência urinária tem solução? Entenda suas causas e tratamentos disponíveis

A incontinência urinária é uma condição que afeta milhões de mulheres, especialmente a partir dos 40 anos, e pode comprometer significativamente a qualidade de vida. Caracteriza-se pela perda involuntária de urina em situações rotineiras, como rir, praticar exercícios ou até mesmo em repouso. Embora comum, é importante destacar que existem soluções eficazes para tratar o problema e recuperar o bem-estar.

As origens da incontinência

As causas da incontinência urinária são multifatoriais e incluem alterações hormonais, enfraquecimento da musculatura do assoalho pélvico, histórico de gestações, obesidade e o próprio processo natural de envelhecimento. Para o uroginecologista Dr. Carlos Del Roy, o diagnóstico correto é o ponto de partida mais importante: “A incontinência urinária pode ter origens distintas. Por isso, a avaliação individualizada é essencial para determinar o tipo e definir o tratamento mais adequado. Muitas mulheres convivem com o problema em silêncio, mas é uma condição tratável”, afirma.

Há três tipos principais de incontinência: a de esforço, que ocorre ao realizar movimentos como tossir ou levantar peso; a de urgência, caracterizada pela vontade súbita e incontrolável de urinar; e a mista, que combina sintomas dos dois tipos. Independentemente da classificação, o fortalecimento do assoalho pélvico é uma estratégia central para a melhora do quadro. Exercícios como os de Kegel são frequentemente recomendados para reeducar a musculatura pélvica e reduzir episódios de perda urinária.

Alimentação pode ajudar

Além disso, manter hábitos saudáveis é essencial para o sucesso do tratamento. Alimentação equilibrada, controle do peso e ingestão adequada de água ajudam a preservar a função da bexiga e reduzir os sintomas. “O excesso de peso aumenta a pressão sobre a bexiga e favorece as perdas urinárias. Já uma dieta rica em fibras e líquidos contribui para a saúde intestinal, que está diretamente ligada à função pélvica. Evitar cafeína, álcool e alimentos muito ácidos também faz diferença”, orienta o Dr. Carlos.

O tratamento pode envolver desde fisioterapia especializada até o uso de medicamentos, e em casos selecionados, cirurgia minimamente invasiva. A definição da melhor abordagem depende da gravidade do quadro e das expectativas da paciente. “Hoje contamos com recursos modernos, seguros e altamente eficazes. O mais importante é que a mulher não postergue a busca por orientação profissional ao perceber os primeiros sinais”, destaca o médico.

Para o especialista, é fundamental romper o tabu em torno do tema e promover o diálogo sobre a incontinência urinária. “Muitas mulheres acreditam que a perda urinária é algo natural com o avanço da idade ou após a maternidade, e acabam se adaptando. Mas isso não é necessário. Com acompanhamento adequado, é possível recuperar o controle e a confiança no próprio corpo”, finaliza Dr. Carlos Del Roy.