
Recentemente, a influenciadora Viih Tube revelou que ela e os filhos foram diagnosticados com Mão-Pé-Boca, doença altamente contagiosa, que está se espalhando rapidamente
Com o aumento expressivo de casos de mão-pé-boca em escolas e creches, pediatras da Sociedade Brasileira de Pediatria fazem um alerta urgente para pais, cuidadores e educadores. Mão-Pé-Boca é uma doença que se espalha rapidamente!
Mão-Pé-Boca
A doença, causada pelo vírus Coxsackie, afeta principalmente crianças menores de cinco anos, mas também pode atingir adultos, como no caso da influenciadora Viih Tube e dos filhos, Lua e Ravi. Extremamente contagiosa, ela provoca febre, lesões na boca, bolhas nas mãos e pés e, além disso, em casos mais graves, até internações por desidratação.
“A boca fica tão tomada por aftas que, por consequência, a criança para de comer e beber. O risco de desidratação é real e rápido”, afirma a Prof.ª Dra. Elisabeth Fernandes, pediatra da Sociedade Brasileira de Pediatria. “É fundamental reconhecer os sintomas e manter a criança afastada da escola até a total cicatrização das lesões”, completa.
Tratamento
Além das medidas de isolamento, o cuidado com a hidratação e o alívio dos sintomas são o foco do tratamento. “A doença é autolimitada, ou seja, se resolve sozinha, mas isso não significa que o sofrimento da criança deva ser ignorado. Há formas simples e eficazes de oferecer alívio e evitar complicações”, explica a Dra. Anna Bohn, também pediatra pela SBP.
Quatro estratégias para ajudar em casa:
- Compressas frias nas mãos e pés ajudam a reduzir a dor das lesões.
- Evitar anti-histamínicos, que podem causar sonolência e dificultar a avaliação do estado geral.
- Laserterapia nas lesões, principalmente na boca, tem mostrado excelentes resultados, evitando internações por desidratação.
- Oferecer líquidos gelados e pastosos em pequenas quantidades e observar os sinais de alerta como ausência de urina, sonolência e irritabilidade.
Como ocorre a transmissão?

Por contato com secreções, fezes ou superfícies contaminadas. “Trocar a fralda e não lavar as mãos é uma das formas mais comuns de espalhar o vírus em casa e na escola”, alerta Dra. Elisabeth. E reforça: “Criança com sintomas deve ser afastada da escola imediatamente.”
Recuperação rápida
Apesar de assustar pelo aspecto das lesões, a doença costuma ter boa evolução. “Em cerca de sete dias, a maioria das crianças já está recuperada. Mas, o acompanhamento médico é essencial para descartar complicações bacterianas e garantir que a hidratação esteja sendo mantida”, conclui Dra. Anna.

Para os pais que convivem com surtos recorrentes, vale redobrar a atenção com medidas preventivas, como higiene constante das mãos, limpeza de brinquedos e evitar compartilhar utensílios. A informação continua sendo a melhor arma para proteger as crianças e evitar pânico desnecessário.