
A médica Lorena Avelar, atuante da área de dermatologia e sócia da Clínica Domani explica sobre possíveis causas e tratamentos disponíveis
Recentemente, Xuxa Meneghel revelou que “tem vontade de raspar o cabelo” devido à alopecia androgenética. Falas como essa, reacendem discussões sobre queixas capilares e seus possíveis impactos emocionais nos pacientes. Outras personalidades também já falaram abertamente sobre o tema:
Gretchen, por exemplo, surpreendeu os seguidores ao aparecer com a cabeça raspada, explicando que sofre com um quadro de alopecia androgenética. “Se eu não fizer o transplante, não tem solução”, afirmou.
Já a cantora Juliette Freire revelou, em 2022, que realiza tratamentos em consultório para estimular o crescimento dos fios, principalmente nas regiões frontais do couro cabeludo. Enquanto isso, a atriz Deborah Secco também relatou ter pouco cabelo desde nova: “Eu tenho pouco cabelo, bem fininho, quase de bebê. Sempre foi uma questão para mim”.
Palavra de especialista
Segundo a Dra. Lorena Avelar, procurar ajuda médica para diferenciar as possíveis causas de queda capilar é fundamental , já que existem diversas possíveis. “Muitas pessoas usam o termo alopecia ou entendem a queda de cabelo como algo genérico, mas é importante lembrar que existem diferentes motivos para ela acontecer.” explica.
Existe um tipo de queda fisiológica, esperada de acontecer, meses após parto, infecções mais graves, como covid e dengue, estresse intenso e cirurgia. “A queda também pode estar associada à falta de nutrientes, como vitaminas e minerais, alterações na tireoide, uso de certos medicamentos, dentre tantos fatores desencadeantes.” Complementa da Dra Lorena Avelar.
Outra causa muito comum, que atinge 50% da população adulta, é calvice, ou alopecia androgenetica, que tem influencia genética e hormonal. Nesse caso, além da queda também há afinamento do fio.
Além de tantas outras causas possíveis, como doenças cicatriciais do couro cabeludo, alopecia areata, infecções fúngicas, etc. Dra. Lorena ressalta que o tratamento só será assertivo se estiver alinhado com o diagnóstico correto. “Não adianta usar o medicamento que o conhecido está usando, como minoxidil ou polivitamínicos, por exemplo, sem saber qual a causa da sua queda. Isso pode gerar frustração e atrasar o início de um tratamento realmente eficaz, além de que existem medicamentos que podem agravar o quadro”, explica.
Quanto antes o diagnóstico, melhor
“Na dermatologia dizemos que tempo é cabelo. Quanto antes conseguirmos identificar a causa e controla-la, menores são os danos. Mas mesmo em casos mais avançados, não deixe de procurar atendimento para encontrarmos a melhor solução para sua queixa” completa a médica da Clínica Domani.
Hoje há uma variedade de tratamentos disponíveis, desde opções tópicos e orais até procedimentos como infiltrações, MMP capilar, laser, intradermoterapia, envolvendo diferentes ativos, mesclas e medicina regenerativa. Para a médica, ver figuras públicas falando abertamente sobre suas queixas capilares é algo positivo. “Isso ajuda a desmistificar o tema e encoraja mais pessoas a procurarem ajuda especializada. Perder cabelo não deve ser motivo de vergonha, e sim de atenção à saúde e procurar os melhores caminhos para melhoria da autoestima”, finaliza.