
A presença de Lady Gaga no Brasil para um show histórico no Rio de Janeiro transcendeu a música. Mais do que um espetáculo, foi um marco estético. Figurinos dramáticos, maquiagem carregada de identidade e joias de impacto transformaram a apresentação em um desfile de símbolos visuais — e o público respondeu à altura. Mas o que veio depois do show?
Nas horas seguintes, os figurinos, a maquiagem e os acessórios usados por Lady Gaga já começavam a ecoar nas redes sociais. Entre posts de fãs e comentários sobre o impacto visual da apresentação, uma estética pop poderosa voltava a ganhar espaço — e, com ela, peças que já existiam passaram a ser vistas sob nova luz. Foi o caso do colar Lady Gaga, criado pela Azul Joias Brasil muito antes do evento, mas que agora carrega novas camadas de significado.
Moda com valor
A ideia de que joias são apenas adornos de luxo já está ultrapassada. Cada vez mais, elas se tornam narrativas visuais. E, no caso da Azul Joias, essa narrativa inclui propósito ambiental, acessibilidade e uma estética que conversa com a cultura pop. Criada em outubro de 2023, a marca desenvolveu sua própria pedra sintética, a Azulight™, registrada internacionalmente e com brilho incandescente comparável ao do diamante — porém, com custo até 100 vezes menor.
“O colar Lady Gaga representa um novo tipo de consumo: simbólico, não ostentatório e ainda consciente. É sobre poder e estilo, sim, mas também sobre não abrir mão dos valores que importam”, reforça Isabelle Lobão Argello, co-CEO da marca.
Slow-fashion além da estética
A adoção da estética de ícones culturais não é novidade no design de moda. Mas o que se observa agora é que, ao invés de peças descartáveis ou tendências de curto prazo, o consumidor busca produtos duráveis que carreguem significados. No caso das joias, isso significa peças com valor emocional, estética marcante e impacto ambiental reduzido.
A Azul Joias, que faturou R$6 milhões no primeiro ano de operação e já abriu sua flagship no Shopping Morumbi, entende esse movimento como parte da mudança de mentalidade do público. “A geração que cresceu ouvindo Gaga também cresceu questionando padrões. Ela quer beleza, mas com propósito. Ela compra uma joia não para esconder, mas para afirmar quem é”, explica.
A estética pop virou patrimônio afetivo. E, nesse novo mercado de luxo democrático, as joias são menos sobre investimento financeiro — e mais sobre investimento emocional.