
Durante 12 anos, Papa Francisco ocupou o mais alto cargo da Igreja Católica. Causa da morte pode ter sido AVC
O Vaticano confirmou nesta segunda-feira, 21, o falecimento do papa Francisco, aos 88 anos. Inicialmente, não foram divulgados detalhes sobre seu estado de saúde, mas o jornal Corriere della Sera informou que a causa da morte foi um acidente vascular cerebral. O AVC seria relacionado a um quadro grave de complicações cardiocirculatórias. Segundo o veículo, Francisco acordou por volta das 6h da manhã (horário de Roma) se sentindo relativamente bem, e logo após, passou mal. O AVC ocorreu logo depois, ainda dentro desse cenário crítico.
O que é um AVC, causa da morte do Papa Francisco?
O neurocirurgião Victor Hugo Espíndola, especialista em doenças cerebrovasculares, explica que o AVC é uma emergência médica com duas formas principais de manifestação. A mais comum é o AVC isquêmico, em virtude de uma obstrução do fluxo sanguíneo para o cérebro. Já o AVC hemorrágico ocorre quando há o rompimento de um vaso sanguíneo, e dessa maneira, provoca sangramento cerebral. “No caso do tipo hemorrágico, o quadro tende a ser mais grave. Pois, nesse caso, o sangue extravasado agride o tecido cerebral e pode elevar perigosamente a pressão dentro do crânio. Esse tipo exige intervenção imediata”, explica Espíndola.
Ambas as formas, entretanto, impedem o cérebro de receber oxigênio e nutrientes, o que pode causar danos irreversíveis.
Atenção aos sinais do AVC
O médico alerta para os sinais do AVC que podem passar despercebidos. São eles:
- Formigamento em um lado do corpo;
- Perda de força;
- Visão embaçada ou dupla;
- Dificuldade para levantar os braços;
- Sorriso torto;
- Náuseas e/ou vômitos;
- Alterações na fala.
Para facilitar a identificação desses sintomas, sem dúvida, recomenda-se a técnica do SAMU – sigla para Sorriso, Abraço, Mensagem e Urgência. “Se alguém estiver com o sorriso torto, dificuldade para levantar os braços ou falando de forma enrolada, é fundamental ligar para o 192. E assim relatar a suspeita de AVC”, orienta o especialista.
Espíndola também reforça, contudo, que a prevenção é o melhor caminho. Para isso, indica manter uma rotina de exercícios, evitar álcool e cigarro, cuidar da pressão arterial e controlar o estresse são medidas essenciais. “A saúde cerebral depende muito dos nossos hábitos diários. Pequenas atitudes podem salvar vidas”, conclui.