Dor no ciático: o que afeta o maior nervo do corpo humano As principais causas de dor no ciático estão ligadas ao músculo piriforme ou hérnia de disco, e pode ser causada por uma inflamação

Entenda as principais causas

O ciático é também conhecido como nervo isquiático, o principal dos membros inferiores que controla os movimentos do quadril, joelho e tornozelo, além dos músculos posteriores das coxas e pernas. “O ciático é responsável, em grande parte, pela inervação sensitiva, motora e das articulações dos membros inferiores”, explica o neurocirurgião Renato Andrade Chaves, especialista em cirurgia de coluna.

Quando o ciático é comprimido ou está inflamado, ocorrem as famosas dores. Segundo o médico, o nervo se estende da lombar, na face posterior do quadril, passa pelos glúteos, atrás da coxa e do joelho de cada perna até chegar aos pés, e todo esse trajeto pode ser afetado. “Quando há uma compressão, o resultado é o surgimento de dores na região glútea ou até uma irradiação dessa dor nos pés”, afirma.

As principais causas de problemas no maior nervo do corpo humano estão ligadas ao músculo piriforme ou hérnia de disco. “A dor pode ser causada por uma inflamação e compressão de alguma raiz nervosa na região lombar”, diz o médico.

Em muitos casos, o paciente não consegue identificar o real motivo da dor e do incômodo. O neurocirurgião explica que os sintomas começam a aparecer no começo do ciático, na coluna lombar. “Inicialmente, não é percebida, pois passa por uma dor muscular, com dores na perna, na região da
coxa ou dos glúteos. Com o tempo, ela se agrava e acomete a pessoa com dores que vão desde a parte de trás do glúteo até o pé, já que o nervo é como um fio elétrico que envia impulsos”, afirma.

Cuidados para evitar dor no ciático

Não existe uma solução definitiva, mas se a sua dor for causada por uma hérnia de disco, por exemplo, pode ser tratada. “Em 85% dos casos, não é necessário um procedimento cirúrgico para uma melhor qualidade de vida”, explica Chaves.

O especialista recomenda que o paciente com dor no ciático procure orientação médica adequada para viver bem e sem complicações. Em casos mais graves, podem ocorrer limitações funcionais e dos movimentos. “Para quem busca tratamento em curto prazo, há opções como a medicação, ou então, o procedimento cirúrgico em médio prazo. Já para quem deseja um tratamento de longo prazo,
a orientação é a perda de peso e mudanças no estilo de vida”, salienta.

De olho no sedentarismo

Alguns hábitos podem contribuir com os sintomas de dores e inflamações do ciático. De acordo com o ortopedista e especialista em coluna Antonio Krieger, tanto os homens quanto as mulheres estão suscetíveis e o risco é maior para as pessoas sedentárias e que estão fora do peso ideal.

Com o passar dos anos, as estruturas da coluna sofrem alguns desgastes que podem comprometer a medula espinhal e as raízes que dão origem aos nervos, apressando o processo de envelhecimento. Para os fumantes, o alerta é maior. “O tabaco é capaz de acelerar a degeneração dos discos intervertebrais. Além disso, as pessoas que trabalham em locais com alguma vibração contínua, como operadores de britadeiras e motoristas de caminhão, devem estar atentas”, afirma Krieger.

As dores acometem também as gestantes. De acordo com o especialista em coluna, isso ocorre devido ao aumento rápido de peso e o posicionamento da barriga para frente do corpo, promovendo uma força contrária que empurra as costas para trás.

Saiba como identificar dor no ciático

Para um diagnóstico preciso, há diversos tipos de exames. O mais conhecido é o teste de Laségue, que consiste na elevação do membro inferior com o joelho estendido. Se houver dor lombar durante a
flexão da coxa sobre a bacia, é sinal que existe a tensão ou inflamação do nervo ciático. Outra maneira de identifcar é através do histórico clínico do paciente. Os hábitos, posturas, rotinas de trabalho
e a ausência da prática de atividades físicas podem revelar uma predisposição a problemas como hérnia de disco, traumas na região lombar, inflamações crônicas e outros agravantes.

Há também o exame físico, que permite identificar as raízes nervosas e comprometidas. Os dois são conhecidos para diagnóstico da dor que acontece no nervo ciático e que afeta os adultos. Além disso, também é possível ainda recorrer à investigação por imagens, como o, exame de raio-x, tomografia computadorizada e ressonância magnética. Eles confirmam com precisão o diagnóstico e contribuem para um tratamento mais eficaz.