Lexa e a luta contra a pré-eclâmpsia: o que é preciso saber Grávida de 6 meses, Lexa foi internada com pré-eclâmpsia - Foto: Reprodução/Instagram

A cantora Lexa precisou ser internada em urgência por conta da pré-eclâmpsia, uma das principais causas de mortalidade materna no mundo

Aos 29 anos e em sua primeira gravidez, Lexa tem enfrentando um momento delicado em virtude de um diagnóstico sério: a pré-eclâmpsia. A atriz precisou receber cuidados intensivos, que a fizeram remarcar todos os compromissos para cuidar exclusivamente de sua saúde e de Sofia, a bebê que espera. Seu relato traz, acima de tudo, um tema urgente: a importância do pré-natal, do diagnóstico precoce e da conscientização sobre a saúde materna.

O que é a pré-eclâmpsia?

De acordo com a Dra. Carol Curci, obstetra e ginecologista, a pré-eclâmpsia é caracterizada pelo aumento da pressão arterial e pode evoluir para quadros graves caso não seja tratada adequadamente. “A cada ano, entre 70 a 80 mil mulheres perdem suas vidas devido a essa condição, segundo a OMS. Além disso, a pré-eclâmpsia é responsável por até 15% das mortes maternas globalmente, podendo também contribuir para até 500 mil mortes fetais”, explica a médica.

Sintomas e riscos

Os sintomas da pré-eclâmpsia podem incluir dores de cabeça intensas, alterações na visão (como fotofobia ou visão turva), dores abdominais, inchaço excessivo, ganho de peso repentino e até confusão mental. Dra. Carol ressalta que essas alterações podem ter impactos devastadores: “A pressão alta pode levar a complicações graves como hemorragia cerebral, insuficiência renal, descolamento prematuro da placenta e restrição do crescimento intrauterino”.

Fatores que levam à pré-eclâmpsia

Segundo a Dra. Carol Curci, a pré-eclâmpsia é caracterizada pelo aumento da pressão arterial
Segundo a Dra. Carol Curci, a pré-eclâmpsia é caracterizada pelo aumento da pressão arterial

A ginecologista aponta que há fatores de risco que aumentam a chance de uma mulher desenvolver pré-eclâmpsia. Entre eles estão a primeira gestação, idade materna acima de 40 anos ou abaixo de 18, histórico de pressão alta, diabetes gestacional, obesidade, gestação múltipla e intervalos curtos entre gestações.

“A identificação precoce desses fatores é fundamental. Gestantes com maior risco podem começar um tratamento preventivo, como o uso de ácido acetilsalicílico em baixas doses antes das 16 semanas de gravidez, reduzindo significativamente as chances de desenvolver a condição”, orienta Dra. Carol.

A experiência de Lexa como um alerta

A situação vivida por Lexa serve como um alerta sobre a necessidade de acompanhamento médico rigoroso durante a gravidez. A cantora, que precisou ser internada aos seis meses de gestação, destacou em suas redes sociais a importância de priorizar a saúde nesse momento delicado. “Infelizmente, muitas mulheres não têm acesso ao diagnóstico precoce ou ao tratamento adequado, o que agrava ainda mais o quadro”, observa Dra. Carol.

Diagnóstico e manejo

Segundo a ginecologista, o diagnóstico de pré-eclâmpsia é feito por meio de medições frequentes da pressão arterial e de exames laboratoriais que identificam alterações como a presença de proteínas na urina. “Com o manejo adequado, como controle da pressão arterial e monitoramento do bebê por ultrassonografias, é possível prevenir complicações graves”, explica.

A importância da conscientização da doença

Lexa se junta a muitas outras mulheres ao trazer à tona a importância de falar sobre a pré-eclâmpsia. Para Dra. Carol, a conscientização é um passo essencial na redução de mortes maternas e fetais: “Com medidas preventivas, diagnóstico precoce e acompanhamento de perto, podemos salvar vidas e garantir desfechos mais positivos para mães e bebês”.

O relato de Lexa e as informações compartilhadas por especialistas como a Dra. Carol reforçam a necessidade de um pré-natal completo e acessível para todas as gestantes. A saúde materna deve ser uma prioridade em qualquer sociedade, e histórias como essa servem como um poderoso lembrete da força e da importância do cuidado com a vida.