Maio é mês de conscientização sobre a cefaleia

No mês de maio, conscientizam a população sobre a cefaleia (popularmente conhecida como dor de cabeça) e destacam a importância do diagnóstico e tratamento adequados. A cefaleia, popularmente conhecida como dor de cabeça, atinge cerca de 95% da população em algum momento da vida, de acordo com a Academia Brasileira de Neurologia.

A dor de cabeça é um dos principais sintomas – mas não o único! – da enxaqueca, doença do cérebro que acomete mais de um bilhão de pessoas no mundo, segundo a OMS. No Brasil, estima-se que 30 milhões de pessoas sofram com a doença (15% da população total), que tem causa hereditária e não tem cura!

Os tipos de cefaleia

Além de ser um sintoma de enxaqueca em praticamente 80% dos casos, a cefaleia também pode ter outras causas secundárias, podendo ser aguda ou crônica, ou ainda manifestar-se em salvas.

A cefaleia em salvas é um tipo de dor de cabeça muito intensa. Sempre de um lado da cabeça, em torno do olho com lacrimejamento e congestão nasal. Uma crise dura de 30 a 40 minutos – podendo chegar a 3 horas! E podem ocorrer várias crises no mesmo dia. É mais comum entre homens.

Muitas pessoas demoram anos para conseguir o diagnóstico correto e iniciar os cuidados adequados, por isso a importância da conscientização. O tratamento deve envolver uma equipe interdisciplinar focada no indivíduo como um todo para o controle dos sintomas e das crises. Assim, devolvendo ao paciente o protagonismo da vida plena, afinal, normal é não sentir dor!

Procure por ajuda!

Se você tiver uma dor de cabeça repentina, aguda e severa, procure o pronto-atendimento. É essencial afastar causas graves, como o rompimento de um aneurisma ou uma meningite, por exemplo.

Se é uma dor de cabeça recorrente, que atrapalha a sua rotina, a orientação é marcar uma consulta com um neurologista para investigação. Se o diagnóstico for de enxaqueca, o paciente deve ser acompanhado e iniciar um tratamento adequado, com a utilização de medicamentos específicos e orientações não medicamentosas, para o controle da enxaqueca, dos sintomas e das crises que a doença faz acontecer.

Impactos socioeconômicos da enxaqueca no Brasil

A doença do cérebro causa prejuízos em torno de R$ 168 bilhões para o Brasil. São cerca de 1,6% do PIB (Produto Interno Bruto) do país. A informação é resultado do estudo “Impacto socioeconômico das principais doenças em oito países da América Latina”, realizado pelo instituto alemão de pesquisa científica WifOr GmbH. Entre os oito principais PIBs latino-americanos, o Brasil é o segundo mais afetado pela enxaqueca (fica atrás apenas da Argentina).

A enxaqueca é a segunda mais prevalente entre as doenças, em alguns lugares do mundo, é responsável por até 19,5 dias de abstenções no trabalho por ano. É mais incapacitante entre as mulheres, que sofrem com mais dores de cabeça por questões hormonais. Acomete cerca de 30 milhões de brasileiros.

De causa hereditária, não existe cura para enxaqueca, mas é possível viver de forma plena com o controle dos sintomas (que podem ser muitos e variados) por meio do tratamento adequado, com o envolvimento de uma equipe médica multidisciplinar focada no cuidado do paciente de forma individualizada.