Marina Ruy Barbosa revela crises de pânico e ansiedade Reprodução Instagram

Atriz trouxe um alerta sobre a importância de ouvir os sinais do corpo

Ao abrir o jogo sobre sua saúde mental, Marina Ruy Barbosa trouxe à tona um tema delicado, mas cada vez mais urgente: os impactos da autocobrança e do perfeccionismo em um mundo acelerado e hiperconectado.

Em entrevista recente, a atriz revelou que já enfrentou crises de ansiedade e pânico, e que a terapia se tornou essencial em sua vida. “Saúde mental se tornou uma prioridade para mim. Meu perfeccionismo e autocobrança, somados ao volume de trabalho, já causaram crises de ansiedade e pânico”, disse Marina.

Não é só entre famosos!

Para a neuropsicóloga Dra. Nathalie Gudayol, que há mais de 12 anos atua na interface entre psicologia e neurociência, o relato de Marina não é incomum — e ajuda a quebrar o tabu sobre o sofrimento psíquico. “A ansiedade é uma resposta natural do corpo diante de situações de estresse ou perigo. Mas, quando essa resposta se torna constante e desproporcional, ela pode evoluir para transtornos mais graves, como as crises de pânico”, explica.

Segundo a especialista, o perfeccionismo e a autocobrança excessiva são gatilhos frequentes desses quadros. “Pessoas que se cobram demais tendem a viver em estado de alerta permanente. Isso sobrecarrega o sistema nervoso, prejudica o sono, altera a respiração e gera um ciclo de sofrimento físico e emocional”, afirma.

Crises de pânico são alerta pra saúde

As crises de pânico, em especial, costumam ser intensas e assustadoras. “Elas envolvem sintomas como taquicardia, sudorese, falta de ar, sensação de desmaio e até medo de morrer. Embora passem em minutos, deixam uma marca muito forte no corpo e na mente”, alerta Nathalie.

A era digital, segundo a neuropsicóloga, também tem um papel relevante nesse aumento de casos. “Estamos imersos em um ambiente de comparação constante, estímulo ininterrupto e pressão por performance. Isso alimenta ainda mais a ansiedade, principalmente em pessoas públicas como a Marina”, destaca.

O caminho, reforça a especialista, passa por reconhecer os sinais do corpo e buscar ajuda especializada. “A fala da Marina é extremamente importante porque mostra que cuidar da saúde mental não é sinal de fraqueza, e sim de inteligência emocional. Terapia, exercícios de respiração, pausas na rotina e práticas de autocuidado são fundamentais nesse processo”, finaliza.