Nesse setembro amarelo, a fonoaudióloga Flávia Puccini explica como a fala ajuda no combate ao bullying
Na luta contra o bullying e a prevenção do suicídio, especialmente durante o mês de setembro amarelo, Flávia Puccini, fonoaudióloga, chama a atenção para a vital importância da comunicação na saúde mental dos adolescentes.
Bullying e a importância da fala
“A comunicação eficaz permite que eles expressem suas emoções e pensamentos, e isso é vital para a construção da identidade e a formação de relacionamentos saudáveis.”
De acordo com a fonoaudióloga, “Por causa das dificuldades na fala, crianças e adolescentes podem ter sentimentos de inadequação, ansiedade e isolamento”. Ela ainda destaca que a fala se entrelaça diretamente com a autoestima dos jovens.
Quando um jovem se comunica bem, seus níveis de segurança e aceitação social aumentam. “Um adolescente que participa de discussões em sala de aula com confiança é mais propenso a se sentir aceito pelos colegas do que aqueles que têm dificuldade de se expressar”, afirma.
Essa habilidade, muitas vezes, é o que os protege das armadilhas do bullying, que frequentemente explode em ataques verbais sobre a forma de se expressar.
O bullying na saúde mental
Os impactos do bullying na saúde mental são devastadores. “O bullying relacionado à fala pode resultar em ansiedade, depressão e, em casos extremos, pensamentos suicidas. Já atendi adolescentes que desenvolveram barreiras sociais após experiências traumáticas”, adverte.
Flávia reitera a necessidade de intervenções que ajudem os jovens a fortalecer suas habilidades de comunicação.
“Atividades lúdicas, contação de histórias e um ambiente seguro para comunicação podem transformar vidas”, destaca.
É preciso buscar ajuda
A mensagem que a fonoaudióloga deixa para os pais é clara e urgente: “A comunicação é a base para a interação social e a saúde emocional.
Incentivar a prática da comunicação em casa e estar atento a sinais de bullying pode fazer uma grande diferença na vida dos seus filhos.”
Durante este Setembro Amarelo, a fonoaudióloga enfatiza a necessidade de discutir abertamente a saúde mental. “O incentivo à expressão de sentimentos e preocupações pode ajudar a detectar problemas antes que eles se tornem críticos”, conclui.
A valorização da fala e da comunicação não é apenas um desafio, mas uma necessidade na construção de um futuro que seja mais empático e saudável para todos.