Com a chegada das férias, muitos pais se veem diante do desafio de manter crianças e adolescentes ocupados de forma saudável, produtiva e, ao mesmo tempo, prazerosa. Especialistas reforçam que o período não precisa — e nem deve — ser marcado apenas por telas ou ociosidade. A utilização de materiais didáticos lúdicos e interativos pode ser uma alternativa eficaz para garantir que o descanso também seja um momento de aprendizagem leve.
Atividades para fazer nas férias
Para Gabriela Mazaro, diretora escolar e neuropsicopedagoga, as férias são uma oportunidade de promover o desenvolvimento cognitivo e socioemocional sem perder a atmosfera de diversão. “Quando oferecemos atividades estruturadas, mas ao mesmo tempo atraentes, ajudamos as crianças e adolescentes a manterem uma rotina saudável, estimulando habilidades importantes de forma leve e prazerosa”, explica.
Graduada em Pedagogia, História e Arte, com especializações em Gestão Escolar, Neuropsicopedagogia e Educação Inclusiva, além de MBA em Gestão Escolar pela USP, Gabriela atua há 23 anos na área da educação e defende que os materiais didáticos — especialmente aqueles voltados para desafios, projetos e exploração criativa — são ferramentas essenciais nesse período.
Segundo ela, atividades como jogos educativos, cadernos de desafios matemáticos, propostas de escrita criativa, experimentos de ciências e projetos de arte cumprem papel de grandes aliados das famílias. “Esses materiais ajudam a manter o cérebro ativo, fortalecem a autonomia e estimulam a curiosidade. Não se trata de ‘dar lição nas férias’, mas de oferecer experiências que ampliem repertórios e permitam que o estudante continue aprendendo de maneira divertida”, afirma.
Mantenha o equilíbrio
Gabriela, que atualmente é diretora pedagógica do Evolução Instituto de Ensino e ministra formações para docentes e famílias, reforça ainda que o equilíbrio é fundamental. Ela destaca que as férias também são um momento para descanso, convivência familiar e brincadeiras livres. “O ideal é combinar momentos de lazer com propostas estruturadas, oferecendo diversidade de experiências. Isso fortalece vínculos, reduz o excesso de telas e favorece um desenvolvimento mais amplo”, comenta.
Ela acrescenta que atividades educativas podem ainda ser uma estratégia para facilitar o retorno às aulas. “Quando o estudante mantém algum nível de estímulo cognitivo nas férias, o recomeço do ano letivo se torna mais leve. Ele volta mais preparado, mais focado e com menos resistência à rotina escolar”, conclui.
Especialista em práticas pedagógicas inovadoras e educação inclusiva, Gabriela segue defendendo o papel da família como parceira no desenvolvimento integral dos jovens. E, segundo ela, as férias são um dos momentos mais importantes para consolidar essa parceria com leveza e criatividade.