Brincar é importante para o desenvolvimento das crianças
Entenda como as brincadeiras ajudam no desenvolvimento dos pequenos
As brincadeiras são importantes para o desenvolvimento saudável das crianças, pois, além de divertir, carregam aprendizados que acompanham os pequenos até a vida adulta. Brincar pode melhorar a capacidade de planejar, organizar, conviver com outras pessoas e regular as emoções. Além disso, ajuda na linguagem, na matemática e nas habilidades sociais, e até mesmo contribui para que as crianças saibam como lidar com o estresse.
É direito da criança brincar!
O ato de brincar é considerado um direito universal pela Declaração Universal dos Direitos da Criança, para a qual a criança tem direito a momentos de lazer e recreação, considerados tão importantes quanto outros direitos essenciais. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) também destaca a valorização da criança e o direito ao lazer e ao brincar, destacando o brincar e o divertir-se como condições de liberdade.
De acordo com um estudo “O poder da brincadeira: um papel pediátrico na promoção do desenvolvimento de crianças pequenas”, publicado na American Academy of Pediatrics (AAP), brincar não é algo frívolo; é o construir do cérebro. As brincadeiras possuem efeitos diretos e indiretos na estrutura e no funcionamento cerebral. Além disso, brincar leva a mudanças nos níveis molecular (epigenético), celular (conectividade neuronal) e comportamental (habilidades socioemocionais e de funcionamento executivo) que promovem a aprendizagem e o comportamento adaptativo e/ou pró-social.
A criança se expressa através das brincadeiras
Taís Guimarães, diretora pedagógica da Legacy School, no Rio de Janeiro, explica que o brincar é a principal linguagem da criança. “Enquanto os adultos falam para expressar sentimentos, as crianças brincam. É por meio das brincadeiras que elas organizam suas emoções, experimentam papéis sociais e aprendem a lidar com frustrações”, explica.
A diretora pedagógica enfatiza que brincadeiras ao ar livre, jogos simbólicos e até mesmo momentos simples de imaginação, como transformar uma caixa em castelo ou avião, são poderosos estímulos para a criatividade e a autonomia.
Além do aspecto emocional e social, a brincadeira tem impacto direto no desenvolvimento motor. Correr, pular, escalar e dançar contribuem para a coordenação, equilíbrio e saúde física. Já os jogos de construção, como blocos e quebra-cabeças, ajudam a desenvolver a coordenação motora fina e o raciocínio lógico.
Em um mundo cada vez mais digital, garantir tempo para brincadeiras presenciais e livres é um desafio, mas também uma necessidade. “Não se trata apenas de diversão, e sim de saúde integral. Brincar é aprender, crescer e se preparar para a vida”, completa a profissional.
