Sigilos mágicos: entenda como podem ajudar na espiritualidade Freepik

Você já ouviu falar em sigilos mágicos?

O praticante cria esses símbolos, normalmente associados à magia do caos, para representar um desejo ou intenção específica. Ao concentrar sua energia e vontade em um único ponto, ele facilita a manifestação do desejo no mundo material. Para descobrir mais sobre essa prática espiritual, a MALU conversou com Lua Valentia, escritora, influenciadora ocultista e criadora do portal Specula, referência em magia do caos.

Qual é a origem dos sigilos?

“Os sigilos têm uma longa história que remonta a várias culturas antigas, incluindo os egípcios e os hebreus. No século XX, o artista e ocultista Austin Osman Spare reinventou o uso dos sigilos, enfatizando sua simplicidade e eficácia.”

Qual é a diferença entre um sigilo mágico e outros tipos de amuletos?

“A principal diferença está na origem e no uso. O praticante geralmente cria sigilos para uma intenção específica. Ele também utiliza amuletos e talismãs — sejam naturais ou fabricados — para aproveitar suas propriedades protetoras ou atrativas. Enquanto os sigilos têm características mais personalizadas e específicas, os amuletos e talismãs servem a propósitos mais gerais.”

Eles podem ser utilizados em todas as áreas da vida?

“O praticante usa sigilos para diversos propósitos — como proteção, prosperidade, amor e autodescoberta. A chave é definir claramente a intenção e criar o sigilo para esse propósito específico.”

Passo a passo da criação de um sigilo

Lua explica que os sigilos podem ir além dos símbolos visuais tradicionais e se manifestar de diversas formas criativas, incluindo música, dança, comida e gestos. “Quando incorporamos nossa intenção em uma melodia, um movimento corporal, uma refeição preparada com cuidado ou um gesto ritualístico, estamos essencialmente criando sigilos vivos que carregam e transmitem nossa vontade de maneira dinâmica. Essas expressões artísticas e cotidianas tornam-se veículos poderosos para a manifestação de nossos desejos, permitindo que a energia mágica flua de maneiras únicas e impactantes”, explica a ocultista.

Já o processo básico para a criação de um sigilo envolve os seguintes passos:

  • Definição da intenção: Escreva claramente o que você deseja alcançar.
  • Simplificação: Remova as vogais e letras repetidas da frase.
  • Design: Combine as letras restantes em um símbolo abstrato.
  • Carga: Concentre-se intensamente no sigilo, carregando-o com sua intenção. Para isso, pratique meditação, faça visualizações ou induza um estado alterado de consciência.
  • Esquecimento: Uma vez carregado, o sigilo deve ser “esquecido” para que a intenção possa se manifestar sem interferência consciente. Algumas pessoas, por exemplo, costumam até mesmo queimá-lo ou enterrá-lo.

Sigilos se encaixam em mais de uma crença religiosa?

“Certamente! O praticante adapta e utiliza sigilos em praticamente qualquer tradição mágica ou espiritual. Ele integra essa ferramenta versátil em diversas práticas — da Magia do Caos a sistemas tradicionais de magia cerimonial.”

Quais são os mais comuns?

“São aqueles criados para proteção, prosperidade, saúde e amor. No entanto, a verdadeira beleza dos sigilos está na sua personalização; cada sigilo é único ao seu criador e ao propósito específico.”

Como tornar um sigilo mais poderoso?

“Para aumentar a eficácia de um sigilo, é fundamental considerar alguns pontos. Defina claramente sua intenção e especifique o propósito do sigilo. Em seguida, envolva-se emocionalmente no processo de criação e carga do sigilo, permitindo que seu foco e emoção energizem o símbolo. Utilize meditação, dança ou outras técnicas para entrar em um estado alterado de consciência ao carregar o sigilo, intensificando sua conexão com a intenção. Incorporar rituais e práticas pessoais ao processo também pode aumentar o poder do sigilo, tornando-o mais significativo e eficaz. Por fim, após carregar o sigilo, é importante desapegar-se da intenção, confiando que o trabalho está feito e permitindo que a energia flua sem interferências conscientes.”


Ana Carvalho

Repórter de revista e portal na Editora Alto Astral. Bacharela em jornalismo e pós-graduada em Comunicação e Mídia pela Universidade...