
Edson Gama Peixoto Neto tinha tudo para ser um excelente… advogado! Com formação completa, OAB e tudo. “A comédia nunca entrou na minha vida, ela sempre esteve. Durante muito tempo eu tentei renegá-la, mas percebi que fazer as pessoas rirem era muito mais natural do que convencer um juiz, e de toda forma eu já estava fazendo piada até nas petições!”, comenta, bem-humorado.
Para a nossa sorte, ele deixou essa vida de lado para tornar-se Ed Gama, o humorista que tanto conhecemos, com múltiplos projetos na carreira. Após a final do BBB 25, ele já realizou um show no lendário Clube do Minhoca, clube de comédia que acaba de reabrir as portas, no qual agora também é sócio. Mas o artista já está confirmado também para apresentar o Karaoquêm no canal Multishow, ao lado de ninguém menos que Gaby Amarantos, com previsão de estreia para junho. Com exclusividade à MALU, Ed conversou sobre esses projetos, sua carreira e até uma história engraçada sobre si. Confira!
Como ficaram as emoções ao retornar pro Clube do Minhoca e quais são suas expectativas para os próximos anos da casa?
“Chegar no novo Minhoca é como ir para aquela excursão com os amigos da escola: tem risada, tem bons encontros, muita piada, às vezes baderna. É impossível não se emocionar. Cheguei para virar sócio de dois amigos da comédia: Patrick Maia e Bruno Romano, não tem como ser melhor. Minhas expectativas é que a gente continue sendo esse espaço de liberdade criativa, onde o único limite é o teto, que às vezes pinga, mas pinga com charme.”
Você participa de diversos projetos, do stand-up ao Mesacast do BBB, passando por uma forte presença nas redes. Sente que se reinventa a cada trabalho?
“Se reinventar é quase uma necessidade para quem vive de fazer graça — porque o algoritmo não tem pena de quem repete piada. Tem dia que sou roteirista, tem dia que sou apresentador, tem dia que sou só um calvo deitado no sofá jogando video-game. Cada projeto me obriga a acessar um lado novo meu — e isso é um privilégio.”
Com uma carreira tão sólida, já teve algum projeto que foi seu preferido?
“Queria muito ter esse sentimento de que é sólido mesmo, mas sempre dá muito medo do amanhã. É difícil escolher, mas acho que meu projeto preferido é sempre o próximo. Porque eu sou movido a desafio, e quando tudo fica confortável demais… eu invento outra confusão.”
Você vai estrear o Karaoquem, com ninguém menos que Gaby Amarantos. Como está sendo essa parceria?
“Gaby é pura força e carisma. Trabalhar com ela é como estar dentro de um trio elétrico: animação e alegria o tempo inteiro. O programa tem essa mistura de música, emoção e humor que eu adoro. A gente canta, ri, se emociona — e às vezes desafina junto, com dignidade. O Karaoquem tá sendo um presente, porque une duas coisas que eu amo: música e bagaceira.”
E quem é aquele artista com o qual você nunca trabalhou, mas tem muita vontade?
“São vários. Tenho muita vontade de trabalhar com Edmilson Filho, um comediante gigante que pra mim faz os melhores filmes com a temática nordestina. Também gostaria muito de trabalhar com o Whindersson Nunes, um dos maiores do humor dessa geração. E um desejo imediato: Queria tomar café da manhã na Ana Maria Braga. Sou muito fã!”
Qual foi a coisa mais engraçada que já te aconteceu na sua vida pública?
“Uma vez, uma senhora me parou na rodoviária de São Paulo chorando muito. Eu, emocionado, abracei e perguntei se ela gostava do meu trabalho. Ela respondeu: ‘Você não é neto do Silvio Santos? Eu amo o seu avô’. Não adiantou eu falar, ela saiu achando que eu era o Tiago Abravanel. De repente, se eu cavucar um pouco tenho direito a herança!”