Feyjão lança “Passageiro do Bem” com feats de peso Créditos: @euthiagobruno

Uma jornada musical com grandes nomes da MPB e mistura de ritmos

“Desejo que as pessoas sintam vontade de embarcar nessa viagem e saiam dela com mais leveza, consciência e amor”, responde Feyjão, quando questiono sobre o que ele deseja que o público sinta ao escutar Passageiro do Bem, cuja primeira parte chegou para o público em setembro com parcerias icônicas, como Zeca Pagodinho, Xande de Pilares e Mart’nália. A parte dois do álbum está prevista para 23 de outubro, e a MALU teve uma conversa com o artista sobre suas referências, feats dos sonhos e trajetória musical.

Sua obra mistura MPB, R&B, reggae, samba, ijexá e pop. Como você encontra equilíbrio entre tantas referências sem perder a sua identidade?

“Minha obra passa muito pelo R&B, pelo MPB, pelo reggae, pelo samba e, principalmente, pelo ijexá pop. Mas eu acho que tudo que vem com verdade é uma grande mistura. São muitas influências diferentes, mas é tudo que eu amo de verdade. Quando a gente tem verdade no que faz, não perde a essência.”

Você tem parcerias e composições com múltiplos artistas, de Gilberto Gil a Zeca Pagodinho. Como é ter a trajetória entrelaçada com tantos artistas de peso?

Essas parcerias são muito importantes para mim, porque nem nos meus melhores sonhos eu poderia imaginar que seria parceiro desses caras — Gilberto Gil, Zeca Pagodinho, Xande, Mart’nália… Todos são meus ídolos, pessoas que admirei a vida inteira. Hoje, ter canções registradas com eles, eternizadas, é algo que não tem preço. É uma felicidade imensa e a sensação de que estou no caminho certo.”

Quais dessas experiências mais te marcaram? Ainda tem algum feat dos sonhos para realizar?

“Eu não posso negar que foi a parceria com Gilberto Gil. Ele é um dos grandes ídolos do panteão maior da música brasileira. Ter uma proximidade com ele já era algo incrível, mas ter um registro — um videoclipe e uma música — vai ficar para sempre. Receber o carinho dele foi o maior feito da minha vida. Não desmerecendo as outras colaborações, que são todas muito importantes, mas essa foi a mais marcante. Meu feat dos sonhos ainda é com Djavan — um dos deuses da música popular brasileira, com quem ainda não tive a oportunidade de cantar.”

Você define o álbum como uma celebração da ancestralidade da música preta no Brasil. Quais foram as principais referências que te guiaram?

“Tenho muitas referências. Esse álbum realmente eleva e celebra a ancestralidade da música preta — não só a brasileira, mas a música preta no geral. Tenho muita influência do rhythm and blues, da música preta americana, mas minhas maiores referências sempre são os brasileiros: vai de Cartola a Thiaguinho no samba e no pagode, de Tim Maia a Gilberto Gil, de Djavan a Luiz Melodia, de Alcione a Leci Brandão.”

O título Passageiro do Bem sugere uma jornada. Que viagem você quer propor ao público com esse álbum?

“Esse álbum foi feito com muito amor e carinho. Espero que todo mundo embarque nessa viagem e saia dessa experiência com mais consciência sobre o que significa ser um passageiro do bem — entender a importância disso nessa vida, que é uma grande viagem.”

Com o lançamento, quais serão seus próximos passos na carreira?

Os próximos passos são muito voltados para pulverizar esse álbum por aí, o mais longe possível, alcançando o maior número de corações que a gente conseguir. Tenho, sim, projetos futuros, mas neste momento estou completamente focado em rodar com esse disco, fazer shows e levar o Passageiro do Bem por onde for.”


Ana Carvalho

Repórter de revista e portal na Editora Alto Astral. Bacharela em jornalismo e pós-graduada em Comunicação e Mídia pela Universidade...