Alimentos proibidos para pets! É preciso muita responsabilidade para garantir o bem-estar dos bichinhos. Entenda quais são cuidados essenciais que os pais de pet devem ter

Conheça alimentos que podem prejudicar a saúde do seu amigo

Cães e gatos precisam manter uma alimentação balanceada em nutrientes, carboidratos e vitaminas para que possam manter a saúde, crescendo fortes e saudáveis. Contudo, muitos tutores acabam adicionando alimentos na rotina dos animais que pouco acrescentam na saúde nutricional ou que podem até mesmo deixá-los doentes. Por isso, saber quais alimentos o seu melhor amigo pode consumir e de que forma as refeições devem ser organizadas é fundamental para evitar doenças e preservar o bem-estar.
No momento das refeições, é muito comum que os bichinhos fiquem observando seus tutores como se pedissem pela comida que está na mesa e, por isso, acabam ganhando um pedacinho da refeição. Mas segundo Maria Fernanda Cerutti, médica veterinária da clínica Pet de Todos, esse costume pode ser muito prejudicial para a saúde do animal: “Existem temperos e tipos de alimentos que podem prejudicá-lo. A cebola, por exemplo, é tóxica para os pets, podendo causar intoxicação e levá-los a óbito”.

Risco de reações alérgicas com a alimentação

Além de causarem um quadro inflamatório, há alimentos que provocam alergias nos pets. Alguns têm predisposição à alergia alimentar, mas devido ao hábito dos tutores de compartilhar comida, essas alergias não são notadas. Os doces estão entre os alimentos proibidos para cães e gatos, pois o alto teor de açúcares pode causar obesidade nos bichos e, mais do que isso, como é o caso do chocolate: a guloseima contém teobromina, uma substância que não tem nenhum efeito em humanos, pode causar vômito, diarreia, desidratação e até mesmo convulsões por ser tóxica para os animais.

Carnes também podem ser perigosas

Por serem animais carnívoros, as pessoas costumam acreditar que os cachorros podem comer qualquer tipo de carne sem nenhum problema. Assim, em ocasiões como churrascos e festas em casa, os tutores acabam oferecendo diversas carnes e ossos para os pets. Contudo, Maria Fernanda faz um alerta: “É muito comum que as pessoas acabem dando algum tipo de comida para o seu
pet, como a carne de churrasco, mas não deveriam. A carne é muito gordurosa e causa intoxicação
no animal, provocando vômitos e diarreia”. Os petiscos, sempre usados para agradar os animais de estimação, também demandam atenção dos tutores na hora da escolha, já que algumas são inadequadas. “Os tutores costumam escolher as frutas como opção de petisco, mas há frutas tóxicas para os animais, como as uvas”, explica a veterinária.

Já snacks prontos e próprios para animais também são uma boa opção para agradar o seu pet. Porém, leia sempre a embalagem para saber a quantidade ideal, de acordo com o tamanho do pet.”

“A ração é a perfeita comida do astronauta”

Muita gente acredita que apenas ração e água não são suficientes para que os pets tenham saúde e longevidade. Tanto é que é comum que adicionem comida na ração, pensando ‘incrementar’ a refeição do animal. Porém, sem nenhuma consulta prévia ao veterinário ou conhecimento sobre o que determinados alimentos podem causar ao pet, essa atitude é arriscada.

“Antigamente, as pessoas diziam que os animais de estimação deveriam comer a mesma comida dos humanos, mas isso é um mito. A ração é um alimento completo. Costumo dizer, inclusive, que a ração é como o alimento do astronauta, pois é uma cápsula completa com tudo o que o animal precisa”.

Nesse sentido, escolher a ração mais adequada de acordo com o porte e idade do seu animal faz toda a diferença para uma alimentação balanceada. “Existem tipos diferentes de ração, e é importante que os tutores sempre busquem, dentro do possível, o tipo super premium, porque ela já é desenvolvida para suprir as necessidades vitamínicas, proteicas e de carboidratos. Esse tipo de ração oferece um nível de absorção melhor do que a ração comum, o que diminui o volume das fezes, por exemplo”, explica a profissional.

Além da alimentação

O cuidado com o pet também envolve hábitos diários, como o estabelecimento de horários para as refeições e a entrega de quantidade ideal de comida. “É importante que as pessoas vejam a indicação de quantidade na embalagem da ração para prevenir a obesidade, e não deixar ração à vontade a qualquer momento. O ideal é definir horários de alimentação para serem seguidos todos os dias. Após cada refeição, o ideal é retirar a tigela do local onde ele costuma comer, ou deixá-la vazia”, destaca a veterinária.
Manter uma rotina diária evita que os pets se sintam ansiosos e ajuda a entender os momentos de cada parte do dia. “Os animais gostam de rotina, de ter um horário de comer, passear, brincar e dormir. Manter uma rotina tem impactos no equilíbrio da saúde do pet e ainda evita a ansiedade. Gatos, principalmente, ficam estressados e podem até desenvolver doenças com a falta de hábitos diários”, alerta Maria Fernanda.

Dica de veterinária: petisco natural como alimento

Algumas frutas e legumes podem ser ingeridos por pets sem causar nenhum mal à saúde e são uma opção atrativa. Alguns exemplos são a banana, a maçã e a cenoura.

Uma forma interessante de dar cenoura aos pets é fazer um stick como legume e congelar alguns pedaços como se fossem sorvetes. Segundo Maria Fernanda, além de ser um legume que oferece nutrientes, a cenoura ainda ajuda muito na limpeza do tártaro e tem uma ótima textura.