As cidades mais infiéis do país incluem ainda Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre
A infidelidade conjugal no Brasil tem sido amplamente debatida nos últimos anos, especialmente com o crescente uso das redes sociais e aplicativos de relacionamento, que oferecem novas formas de interação e, consequentemente, de traição. De acordo com uma pesquisa realizada em outubro de 2024 pelo aplicativo de encontros extraconjugais Gleeden, que já acumula mais de 1 milhão de usuários em território nacional, o Brasil é o país mais infiel da América Latina e São Paulo é a cidade mais infiel do país.
Ranking brasileiro de infidelidade
A pesquisa também revela outras cidades que lideram no ranking da infidelidade brasileira: Brasília, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre. Os locais, com grandes oportunidades de interação social e profissional, apresentam um alto número de usuários de aplicativos de relacionamento. O que contribui para o aumento dos casos de traição.
Atividades no aplicativo
Além disso, o estudo apontou tendências curiosas no uso do aplicativo. Os dias e horários de maior atividade são, em média, às segundas-feiras, por volta das 23h. O tempo médio de interação entre os usuários é de 2 horas por sessão, destacando um engajamento significativo. Entre os presentes virtuais mais populares enviados na plataforma estão o coquetel e a maçã mordida. Além do café, um beijo e o champanhe, itens que ajudam a criar conexões mais personalizadas e dinâmicas entre os usuários.
“O Brasil está sempre no topo das nossas pesquisas com usuários e os números têm crescido. Para algumas pessoas, o envolvimento com outros parceiros, seja emocional ou físico, pode ser uma maneira de expandir os próprios horizontes e satisfazer necessidades afetivas e sexuais que talvez não sejam atendidas dentro de uma única relação”, comenta Silvia Rubies, Diretora de Comunicação e Marketing do Gleeden.
Não monogamia ou infidelidade?
“O aumento da visibilidade das práticas não monogâmicas no Brasil tem dado espaço para discussões mais abertas sobre os limites do amor e da fidelidade. Casais que escolhem esse caminho estão redefinindo o que significa ‘ser fiel’ em um relacionamento. Em vez de se limitar a uma definição única e rígida, estão optando por buscar uma dinâmica onde a honestidade, a transparência e o consentimento são os pilares principais. Dessa forma, as pessoas deixam de considerar isso como infidelidade e encaram como uma escolha mútua para explorar a diversidade de experiências e enriquecer a relação, destaca a executiva.
Embora ainda exista um certo tabu em relação à infidelidade no Brasil, especialmente entre aqueles que mantêm uma visão tradicional de monogamia, muitas pessoas estão desafiando essas normas.
Hoje em dia, as pessoas podem enxergar a infidelidade como uma forma de redescobrir a si mesmas. Além de expandir os horizontes afetivos e sexuais e fortalecer a conexão entre os parceiros, quando abordada de maneira aberta e consensual. Para muitos, viver fora das normas tradicionais de relacionamento não é uma forma de deslealdade. Mas uma expressão de autenticidade e liberdade dentro do contexto de uma relação sólida, transparente e repleta de confiança.