Comportamento alimentar: qual a melhor forma de emagrecer? Foto: New Africa/ Shutterstock images

“A melhor dieta é aquela que o paciente consegue fazer por mais tempo”, aponta nutricionista

Mudar o comportamento alimentar é o segredo. Quando o assunto é emagrecimento, a dieta nada mais é do que um estilo de vida. Para ter resultado, é preciso fazer um processo matemático: comer menos e fazer uma redução do aporte calórico. É isso que vai, ao longo dos dias, utilizar o estoque de gordura e promover o emagrecimento. A nutricionista funcional e esportiva Fabiana Guimarães esclarece algumas dúvidas que pendem sobre um dos processos mais populares de emagrecimento.

O jejum emagrece?

Para Fabiana, a estratégia nutricional, como o jejum, emagrece assim como a dieta cetogênica (eliminação de quase todos os alimentos ricos em carboidratos, como pão e arroz) e a low carb (dieta com pouco carboidrato). “O ponto em comum entre todas é o déficit energético, no qual a pessoa vai comer menos ao longo do dia”, explica a nutricionista.

Cientificamente, é comprovado que diversos tipos de protocolos de jejuns, número de horas e quantas vezes na semana vão levar o processo de emagrecimento. Assim como também mudam padrões hormonais e metabólicos do corpo. Além disso, com o jejum, muitos outros fatores melhoram. É o caso da intolerância à glicose, insulina, menos vontade de beliscar, comer o tempo inteiro ou até mesmo a necessidade do consumo de doces e carboidratos.

Para um bom comportamento alimentar, o emocional também precisa de atenção

Para a especialista, os problemas emocionais dificultam o processo de emagrecimento porque, muitas vezes, o comportamento alimentar vai depender do estado emocional de cada indivíduo. O ponto principal é lembrar que o cérebro trabalha por recompensa. Ou seja, é preciso trabalhar e fortalecer mentalmente para que consiga viver as situações do dia a dia, sem ter a recompensa.

Então quando se trabalha o autoconhecimento e as emoções, se consegue melhorar o comportamento alimentar. “Ao ressignificar esses pensamentos, podemos ter mais consciência e diminuir essa frequência com que a gente ‘desconta a emoção’ na comida.

Claro que esse assunto deve ser aprofundado, porque existem inúmeras estratégias e causas do porquê isso acontece, mas quando temos o emocional mais fortalecido, a execução de emagrecimento acontece de forma mais eficiente e tranquila”, pondera.

Mastigação é muito importante

A mastigação é um passo muito importante no processo de emagrecimento. Primeiro porque estimula a saciedade, o cérebro percebe o movimento da mastigação e que vai ter uma entrada de comida no corpo, com isso se regula e começa a liberar hormônios que vão trazer mais saciedade e menos estímulo de fome.

Quando se mastiga devagar se traz uma consciência presente, para ver o quanto se está comendo e a atenção para a comida, que auxilia no comportamento alimentar.

Produtos diet e light: qual o melhor para investir?

Os produtos light têm redução em 25% de determinados ingredientes, como o açúcar. Porém, para que o alimento não perca o sabor, as indústrias geralmente adicionam um adoçante, aditivo químico não necessariamente considerado o mais saudável.

Já os produtos diet são destinados a pessoas com necessidades específicas, eliminando todo o açúcar, o que beneficia os pacientes diabéticos. “Na minha experiência clínica, nem sempre eu fortaleço essa ideia do diet e light e sim diminuir a frequência do consumo de doces, para que a carga glicêmica desse alimento diminua. Quando se pensa no emagrecimento de uma pessoa saudável sem uma doença associada, é a redução da quantidade de açúcar e doces ao longo do dia, que trará um efeito mais satisfatório”, afirma Fabiana.